terça-feira, 20 de julho de 2004

15 à 18 do 07 de 2004



Sabemos que estou participando de uma peça teatral onde faço as vezes de Dave Growl, baterista do Nirvana, cuja história da peça gira em torno do ultimo ensaio para o ultimo show da banda. Kurt Cobain está às vias com sua consciência, que mostra as divergências entre o que ele diz, pensa e faz.
Isso vai até meados de agosto.

Sábado fui à festa de aniversário da Raquel Flores da Flores Customizadas. Foi uma festa onde estava no seio de amigos e, ao mesmo tempo nu. No frio que assola a cidade, a rua vazia (a Lapa vazia), corações bombando e mentes entorpecidas.

O Circo Voador está maravilhoso, lindo, fumegante, adornado de novidade e euforia natal. Sexta devo ir lá no show do Krisiun (só fico lá de fora - se bem que tenho que entrar no circo, vê-lo e fazê-lo pegar fogo).
Ainda é cedo pra dizer se o circo vai ser o mesmo ou estará corporatificado. O que é uma possibilidade.
Ah, Rio! Quanta vontade de ter de novo velhos momentos de contemplação.

Desde a minhas férias de infancia na casa de minha tia, quando chorava sozinho por ter que voltar pra casa, para a mesmice do dia-a-dia familiar e castrado de uma criança de subúrbio e criada por leis católicas e burras.

Hoje sou nada do que penso ser. É estar iludido (e as pessoas, levadas pela ilusão criada por minha mente de acordo com a ilusão que sou levado à cada passo, me levam a afundar-me no pantano do falso ego) pensando ser algo mas saber que sou nada. Que daqui há cinco décadas, quem serei eu?

Tudo é ilusão. A verdade é inconcebível. A perfeição é mutante. A realidade depende do ponto de vista, das aventuras, das agruras, do próximo, de alguém.

O compromisso é consigo. Consigo vencer se me conhecer e me governar.


Sem re-ler,
edp

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