sábado, 28 de fevereiro de 2009

Luta Indígena em Camboinhas - Carta do CESAC Aberta ao Público

O CESAC – Centro de Etno-conhecimento Sócio-cultural e Ambiental CAUIERÉ, entidade associativa sem fins lucrativos de defesa de direitos e interesses indígenas registrada no RCPJ/RJ sob o nº 490.156, CNPJ sob o nº 73.295.875/0001-31 e no Ministério da Justiça ped. OSCIP de nº 08071.008534/2007-37, desde 1993, com sede na Rua Maracá, nº 7 em Tomás Coelho, Rio de Janeiro, gostaria de deixar claro que, sendo patrimônio dos Povos Indígenas Brasileiros as áreas do Sambaqui de Duna Grande e do Sambaqui Camboinhas, as etnias herdeiras, assim como a Comunidade de Pescadores Artesanais de Itaipu, em parte formada por descendentes de Povos Ameríndios que habitaram a região, possuem Direitos Indisponíveis, Inalienáveis e Imprescritíveis sobre os mesmos.

Como é de conhecimento público, O CESAC, desde 2002 se mobiliza em defesa do sistema lagunar de Itaipu, juntamente com as entidades ambientais, associações desportivas e as populações originárias e tradicionais, por meio de suas entidades representativas, dando início à luta para defesa do sistema lagunar, dos sambaquis e cemitérios indígenas da Região de Itaipu, tendo apresentado juntamente com a Comunidade Caiçara de Itaipu - comunidade tradicional, em parte descendente de Povos Originários da Região – por meio da ALPAPI – Associação Livre dos Pescadores Artesanais da Praia de Itaipu - um projeto interétnico de manejo sustentável da área para as principais etnias herdeiras - demonstrando o interesse em dar uma destinação indígena e interétnica à mesma.

Sendo o Sambaqui de Duna Grande um Cemitério Tupinambá, fica claro que, por conta do Direito Sucessório, os herdeiros daquela região sejam de Tronco Cultural Tupi, hoje representado pelas etnias contemporâneas Guajajara, Kamaiurá, Aweti, entre inúmeras outras, e, obviamente, Tupinambá – assim como a Comunidade Tradicional de Pescadores de Itaipu, em parte descendente dos grupos Tupi que habitaram a região.

Em fins de 2007, o CESAC foi procurado pelo Sr. Cristino, representante da Funai/RJ, para alocar ou assentar uma família Guarani Mbyá, oriunda da Argentina, que havia sido expulsa da Comunidade de Paraty - Mirim. O projeto supracitado foi apresentado ao Sr. Cristino (Funai) e às lideranças Guarani, assim como, amplamente discutido com a referida família. Por princípios humanitários e legítimo anseio de reparação, compensação e indenização às etnias (os Guarani-Mbyá pertencem ao Tronco Lingüístico Tupi-Guarani), a família Guarani foi alocada em terreno de propriedade do CESAC, que adquiriu do velejador George Mollin, por meio de escritura de Cessão de Direitos.

O assentamento das duas famílias, Guarani e Guajajara, foi acertado entre as partes, na presença de dois funcionários da Funai, registrado e documentado, fazendo parte de procedimento interno da CDHAJ/OABRJ.

Ao invés de agradecerem a acolhida, instigados por uma entidade que diz representar interesses comunitários de Niterói, cujo diretor de comunicação agora posa de antropólogo e escreve "não achar saudável a mistura de etnias" (desconhecendo que, no Brasil, é trivial a instituição de Terras Indígenas interétnicas e no Parque Indígena do Xingu aldeias costumam abrigar harmonicamente famílias de etnias – e troncos culturais - diferentes), assim como, estimulando o dissenso e a conspiração para melhor dominar, indivíduos dessa mesma família Guarani passaram a hostilizar não somente uma família Guajajara, bem como hostilizar e agredir lideranças e anciãos da própria etnia Guarani, assim como apoiadores de opiniões independentes, que ameaçavam a "liderança" de pensamento único, protagonizada por um rapaz imaturo e violento, de caráter deslumbrado, facilmente manipulável por aproveitadores organizados à órbita dessa entidade. Entidade essa movida por interesses estranhos aos das etnias envolvidas.

O CESAC é contra toda forma de intolerância e sempre realizou seu trabalho de forma digna, organizada, apartidária e responsável. O CESAC repudia o uso da violência e da coação, assim como campanhas difamatórias de qualquer espécie.

O comportamento discriminatório por parte dos Guarani, em grande parte estimulado e propugnado pelo CIN (CCOB), é visto com grande tristeza, uma vez que os Guarani sempre foram tratados com grande respeito, independente do comportamento imaturo de alguns. Acreditamos que soluções para conflitos não devem ocorrer por meio de violência e coação, como acreditam certos indivíduos Guarani alocados em Camboinhas.

Nós entendemos que o Sambaqui Camboinhas, construção humana de mais de 8.000 anos de idade, anterior à edificação às estruturas do Velho Mundo, é Patrimônio dos Povos Indígenas Brasileiros, assim como o Sambaqui de Duna Grande pertence, por direito sucessório, aos Povos de Tronco Tupi e à Comunidade Tradicional Caiçara, em parte descendente dos Povos Tupi que habitaram a região.

Os direitos dos Povos Indígenas e das Comunidades Tradicionais são Direitos Indisponíveis, Inalienáveis e Imprescritíveis, tornando inviáveis quaisquer Termos de Ajustes de Conduta (TAC) em Camboinhas, sob pena de nulidade. O CESAC entende que o monitoramento, acompanhamento e assistência jurídica dos direitos e interesses das comunidades indígenas e das populações tradicionais daquela região já estão sendo prestados pela CDHAJ/OABRJ e que a interferência alheia à da CDHAJ, além de indevida, frustra os interesses dessas populações no projeto de manejo elaborado e implementado pelo CESAC, ALPAPI e CDHAJ/OABRJ, além de violar irreparavelmente os direitos das populações originárias e tradicionais no local.

Os Guajajara possuem interesse cultural pelas áreas do Sambaqui Camboinhas e do Sambaqui Duna Grande, o que torna nulo o Termo de Ajuste de Conduta proposto por José de Azevedo, do CCOB, para a família Guarani Mbyá de Camboinhas. Do mesmo modo, há direito sucessório, válido não apenas para os Povos de Tronco Tupi, como para os caiçaras das comunidades locais, descendentes de grupos Tupi.

Os Direitos dos Povos Indígenas e das Comunidades Tradicionais são Direitos Inalienáveis, Indisponíveis, não podendo ser traficados por meia-dúzia de violadores de Direitos.

O momento não é de determinar condutas e, sim, de determinar os direitos e interesses dos Povos de Tronco Tupi e dos Pescadores Tradicionais de Itaipu: uma família Guarani Mbyá não pode falar em nome de todos os Mbyá nem pode dispor de direitos e interesses em nome de todos os Guarani; em segundo lugar, os próprios Guarani Mbyá não poderiam dispor de direitos e interesses nem falar em nome de todas etnias de Tronco Tupi.
A procuradoria da República, por meio da sua Subprocuradoria-Geral, representando a 6 Câmara de Coordenação e Revisão, já determinou ao Procurador da República de Niterói que defenda o projeto do CESAC/ALPAPI e da CDHAJ.

Os Povos Indígenas brasileiros se integram à comunidade nacional, não necessitando ser tutelados por entidades como o CCOB ou o CIN, cujos interesses lhes são totalmente estranhos e obscuros. O CESAC tem compromisso não somente com os Povos Originários e com as Comunidades Tradicionais da região, bem como com todos os moradores de Camboinhas, que merecem ser respeitados. Entendemos que "oprimidos" não podem se tornar opressores e estendemos nosso respeito à autodeterminação dos Povos Originários ao conjunto da sociedade nacional.


Fonte : http://www.centrodeetnoconhecimento.blogspot.com/

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Hindus querem lançar bebida à base de urina de vaca

Animal é considerado sagrado pelos hindus, que acreditam nas propriedades terapêuticas de sua urina.


A organização hindu Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) anunciou que pretende lançar na Índia um refresco à base de urina de vaca para promover as propriedades terapêuticas da substância e competir com refrigerantes internacionais.

A vaca é considerada um animal sagrado para os hindus e seu abate é proibido em várias regiões da Índia. A RSS não apenas promove a defesa ao animal, mas também faz campanha para "limpar" a Índia de influência estrangeira e promover o hinduísmo.

Segundo o jornal Indian Express, que teria entrevistado o responsável pelo projeto, Om Prakash, o refresco já está sendo testado em laboratórios e poderia chegar ao mercado ainda neste ano.

Prakash, que é chefe do Departamento de Proteção às Vacas do RSS, disse que o grupo se refere à urina de vaca como "água de vaca" e que o líquido "tem imenso potencial para curar várias doenças".

"Não se preocupe, não vai cheirar a urina e vai ser gostoso", disse ele ao jornal britânico The Times.

"Sua principal particularidade é que vai ser muito saudável. Não vai ser como os refrigerantes gasosos e não vai conter nenhuma toxina."

Uma vez que os testes tiverem resultados positivos, disse Prakash, o departamento vai pensar na embalagem, preservação e campanha de marketing.

"Vai ser uma revolução. A aceitação da urina de vaca como um remédio potente aumenta cada dia e, uma vez que se tornar um refresco, sua demanda vai, definitivamente, aumentar."

Além da urina, as fezes de vaca são usadas em "rituais purificadores" na Índia e também como combustível e desinfetante em vilarejos.

Prakash está envolvido ativamente na proteção e promoção da urina de vaca há quatro décadas e cita outros produtos como pasta de dente, xampu, sabonete e loção de barbear até bálsamos, biscoitos e incensos feitos de urina e fezes de vacas.

Desde 2001, diz o jornal britânico The Times, o RSS e seus parceiros promovem a urina de vaca como cura para doenças que variam de obesidade até câncer.


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Denúncia: Pescador artesanal da Baía de Sepetiba (RJ) é ameaçado de morte


Desde 2006, quando começou a instalação na Baía de Sepetiba – RJ, o consórcio empresarial Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), formado pela empresa alemã Thyssen Krupp e Vale do Rio Doce, começou também a luta de resistência dos pescadores artesanais na Baía de Sepetiba. As atividades da empresa são extremamente danosas ao meio ambiente e impactam diretamente a vida dos pescadores da região, impedindo-os de trabalhar. Foi assim que desde de 2006, a luta de resistência dos pescadores da região e de denúncia dos crimes que a empresa vem se cometendo se fortaleceu. Esses movimentos denunciaram sistematicamente os crimes cometidos contra a legislação brasileira (ambiental e trabalhista), contra os pescadores e trabalhadores que estão dentro do canteiro de obras da empresa. Desde esta época, as organizações de pescadores denunciavam a suspeita de que a empresa vinha atuando na região com o apoio de grupos relacionados às milícias.

Uma das principais lideranças dos pescadores, que prefere ficar anônimo, vinha sofrendo há mais de um ano ameaças de morte freqüentes por parte de grupos ligados a milícia da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Isso, contudo, em nenhum momento fez ele recuar com relação à defesa dos interesses dos pescadores e às denúncias permanentes feitas contra a empresa TKCSA e suas irregularidades. Citaremos aqui as circunstâncias em que ocorreram as principais ameaças recebidas pelo nosso companheiro.

Ainda em 2007 essa liderança e outros pescadores organizaram um protesto num dos portões de entrada da usina. Na ocasião, perceberam a chegada de homens que não estavam usando uniforme e que faziam questão de mostrar que estavam armados e que se diziam “seguranças da empresa”. Esses homens também eram conhecidos na região por trabalharem diretamente ligados às milícias da região e se incumbiram de “acalmar” o protesto com ameaças. Esses “seguranças” tinham –e têm- acesso livre às instalações da empresa e são eles que controlam também o canteiro de obras. Moradores do entorno da planta, sabem de mortes de trabalhadores, na maioria de imigrantes nordestinos e chineses, por acidentes e más condições de trabalho e assassinatos pela milícia dentro do canteiro de obras.

Semana passada, após três telefonemas recebidos de madrugada, dizendo que essa liderança estava com seus dias contados, ocorreu a pior ameaça (05/02/2009). Esse pescador quando andava pela rua em que morava viu um carro parar na sua direção. Ele percebeu que o motorista do carro era um dos piores matadores da região. Esse matador, encarando diretamente essa liderança da pesca, deu ré em seu carro e fez um sinal com a mão de que ele esperasse por algo –com a mão espalmada. Automaticamente, acelerou o carro e foi embora.

A partir daí, essa liderança percebeu que era o momento de parar e se afastar da luta. Depois de ter recebido cara-a-cara uma ameaça de um conhecido matador da região, esse lutador teve que se refugiar. Encontra-se agora em paradeiro desconhecido, mas, sob segurança. Pensava não apenas em sua vida, mas na segurança de seus pais, de sua esposa e de seus filhos. Saiu do lugar onde morava, abandonou sua casa, carro e todo o seu passado. Outros companheiros de luta desse pescador estão atualmente correndo risco.

Tendo em vista o relato que aqui fazemos, exigimos que as denúncias permanentes que são feitas na região afetada pela empresa de que haveria uma vinculação da TKCSA com a milícia da Zona Oeste sejam investigadas pelo Ministério Público Federal e Estadual; pelos governos estadual e federal; bem como pela polícia federal.


AAPP - Associação de Aquicultores e Pescadores da Pedra de Guaratiba
ANF - Agência de Notícias das Favelas
ABIT - Associação de Barqueiros e Pescadores de Itacuruça
Central de Movimentos Populares
Confapesca - Confederação Nacional das Federações de Associações de Pescadores Artesanais Aquilcultores e Entidades da Pesca
Fapesca - Federação das Associação de Pescadores Artesanais da Estado da Rio de Janeiro
CMP - Central de Movimentos Populares
Associação Americana de Jurista
Casa da América Latina
Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul
PACS - Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul
Instituto de Defensores de Direitos Humanos
Fórum de Meio Ambiente do Trabalhador
Fórum Carajá

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http://colunistas.ig.com.br
Overmundo: Baía nem para peixe, nem para pescador

Energia eólica cresce 28,8% em 2008

Os investimentos no ano passado foram de US$ 155 bilhões e somente os EUA tiveram um aumento de 50% na produção, ultrapassando a Alemanha como líder mundial no setor.


As instalações mundiais de energia eólica geram hoje mais de 120,8 GW, sendo que apenas em 2008 foram disponibilizadas mais de 27 GW, um crescimento de 28,8% em relação a 2007. Esses 120,8 GW, equivalentes a 9 vezes a capacidade instalada da Usina de Itaipu, serão responsáveis pela não emissão anual de 158 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2). O ano também foi marcado pela ascensão dos EUA como líderes mundiais no setor, com um total de 25,1 GW contra 23,9 GW da Alemanha.

"Os números falam por si só. Existe uma enorme e crescente demanda pela energia eólica. Trata-se de uma fonte que pode ser instalada em praticamente qualquer lugar e que é a única que pode promover os cortes necessários nas emissões", afirmou o secretário geral da Global Wind Energy Council (GWEC) Steve Sawyer.

EUA

Os projetos em energia eólica completados em 2008 nos Estados Unidos foram equivalentes a 42% de toda a nova energia adicionada ao potencial do país. Também foram responsáveis pela criação de 35 mil novos empregos.

"A indústria eólica dos EUA apresentou um crescimento recorde de 50% em apenas um ano. Porém já percebemos uma queda nos investimentos em virtude da crise. Esperamos que o presidente Obama consiga incentivar a sociedade a não parar de investir nas novas tecnologias de energia", afirmou a CEO da Associação Americana de Energia Eólica (AWEA), Denise Bode.

Apesar dessa queda de investimentos, grandes projetos para a energia eólica estão em fase adiantada. Destaque para os três novos parques eólicos de Altona, Chateaugay e Wethersfield no estado de Nova York. Juntos eles serão responsáveis por mais de 330 MW.

China

De todos os investimentos em energia eólica no mundo, um terço foi aplicado no continente asiático, em particular na China, que em 2008 conseguiu dobrar sua capacidade instalada, passando de 6,3 GW para 12,2 GW.

Para este ano, a previsão é que o setor mantenha o ritmo, tendo novamente um crescimento de 100%. Segundo a secretária geral da Associação Chinesa das Indústrias de Energias Renováveis, Li Junfeng, mais uma vez um terço de tudo o que for construído em energia eólica no mundo, será construído no país.

A esta velocidade, a China deve chegar em 2010 como o segundo maior produtor de energia eólica, com cerca de 30GW produzidos.

Bilhões de toneladas

Cada vez mais a energia dos ventos se torna um importante fator na economia global. Apenas o mercado de turbinas teve seu valor avaliado em US$ 47,5 bilhões em 2008.

"Assim como a energia eólica é útil para o meio ambiente é também para a economia. A indústria dos ventos já criou mais de 400 mil empregos ao redor do mundo. E se a crise não se agravar muito, teremos cada vez mais investimentos, já que os preços dos combustíveis fósseis estão cada vez mais altos e voláteis", afirma o presidente da GWEC, Arthouros Zervos.

Ainda segundo a GWEC, com o devido apoio, seria possível atingir uma meta de emissões de 1,5 bilhões de toneladas de CO2 no ano de 2020. A estimativa é que o mundo emita mais de 25 bilhões de toneladas por ano. "Precisamos de um sinal forte dos governos que teremos investimentos contínuos no setor. Também será preciso um acordo global já em Copenhague em dezembro para podermos explorar todo o potencial dos ventos. A indústria, investidores e a sociedade esperam por isso", conclui o secretário geral da GWEC, Steve Sawyer.


Crédito da Imagem: Parque eólico em Altona, Nova York

Fonte: GWEC / RenewableEnergyWorld.com

Por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil
(Envolverde/CarbonoBrasil)
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http://www.ecoagencia.com.br

De quem é o PRÉ-SAL?



Quem vai financiar a produção de petróleo e gás descoberto no pré-sal? A Petrobrás, lógico! Com que dinheiro? O pré-sal e suas reservas gigantescas de petróleo e gás são garantias para qualquer financiamento em bancos no Brasil e no mundo. A Petrobrás financiou, com recursos próprios, durante décadas, a pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para descobrir o pré-sal. O pré-sal era inatingível para o mundo do petróleo. A Petrobrás aceitou o desafio e chegou lá. Profundidades de 5 a 7 mil metros depois da lâmina d´água de 2mil metros no mar. Toda essa tecnologia foi desenvolvida no centro de pesquisas da Petrobrás que gastou bilhões de reais.

No momento em que as reservas de petróleo e gás no mundo estão em declínio, a Petrobrás trás essa noticia alvissareira que nos enche de orgulho: o pré-sal possui reservas de petróleo e gás que nos coloca ao lado dos grandes produtores de petróleo do mundo. Estamos falando em valores que podem atingir trilhões de dólares. O preço do petróleo abaixo dos cinqüenta dólares é artificial; qualquer especialista sabe que o patamar mínimo é de 100 dólares quando sabemos que a commodity já atingiu preço internacional acima é de 140 dólares. A matriz energética do mundo tem como base o petróleo e o gás e vai continuar a sê-lo, durante pelo menos os próximos cinqüenta anos.

Manter leilões de petróleo como quer a Agência Nacional de Petróleo (ANP) é entregar o ouro (negro) aos bandidos, como diz o jargão popular. É privatizar nosso petróleo e gás! Alguém sabe do dinheiro das privatizações de FHC? E dos 10 leilões de petróleo realizados nos governos de FHC e Lula também ninguém sabe! No silêncio criminoso dos governos e na desinformação da sociedade, as multinacionais avançam.

A empresa americana Exxon Mobil descobre em 21/01/2009 um megacampo, BMS-22 de petróleo e gás na área do pré-sal. Grande parte de nossas áreas com potencial petrolífero já estão entregues através dos leilões às empresas privadas, em sua maioria multinacionais, incluindo o pré-sal. Essas mesmas empresas, através dos Contratos de Risco adotados pelo Governo de Ernesto Geisel estiveram no Brasil, de 1975 a 1988, sem sucesso. A diferença é que no governo Geisel, a busca do petróleo e gás partia do zero, já nos leilões da ANP as áreas com potencial petrolífero já estão mapeadas pela Petrobrás, são as chamadas áreas azuis. Por isso é que os contratos de Geisel eram chamados de risco, e também por isso nada foi encontrado porque descobrir petróleo e gás e muito oneroso, e o risco é muito grande. A Petrobrás financiou e correu todo o risco, para o governo através da ANP entregar de mãos beijadas nosso petróleo e gás.

Enquanto isso, os nossos hospitais públicos continuam caóticos; o ensino público deficiente; a segurança pública em crise; grande parte dos municípios sem água e esgotos tratados. Sempre foi assim no Brasil, continuamos ao longo da história a entregar nossas riquezas. Já levaram nosso ouro metal e agora é o ouro negro. No futebol podemos nos dar ao luxo em ser o grande exportador de craques, como Ronaldinhos, Kaká e Robinho, até porque no Brasil eles se renovam a cada ano. Mas a natureza, para transformar os fósseis em hidrocarboneto, precisa de milhões de anos. O petróleo tem que ser nosso!



Por Emanuel Cancella, Diretor do Sindipetro-RJ
Artigo publicado em 'O Globo' de 21/01/2009
www.apn.org.br

É permitida (e recomendável) a reprodução deste artigo, desde que citada a fonte.
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fonte da imagem: http://www.defesabr.com

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O dilema dos transgênicos

(Verifiquem os rótulos dos produtos que consomem. Se existe um "T" internamente a um triângulo, certamente estão comprando um alimento transgênico, pois este é o símbolo que identifica o produto como tal, constante do rótulo, conforme exige a nossa legislação)



27/01/2009 – Jornalista faz ataque à Monsanto em livro

"A biotecnologia em si não é boa nem ruim. Ela é uma ferramenta." argumento usado por cientistas defensores do uso de plantas transgênicas. Quem não enxerga, por exemplo, o mérito de distribuir para países pobres um arroz geneticamente modificado para conter mais vitaminas? Certamente ajudaria a combater a desnutrição. A declaração acima, não é de um biólogo molecular, e sim de Robert Shapiro, ex-presidente da Monsanto - a empresa detentora de 90% do mercado global de transgênicos. A fala está em discurso público do executivo, no documentário "Le Monde Selon Monsanto" ("O Mundo Segundo a Monsanto"), lançado em 2008 na França e sem previsão de estréia em grande circuito no Brasil, exibido no CINE GAIA, Mostra de Cinema Ambiental em novembro de 2008, no Jardim Botânico do Rio. Um livro homônimo acaba de sair em português (Radical Livros, 372 págs., R$ 54,00).As duas obras, assinadas por Marie-Monique Robin, aclamada pela esquerda
francesa por suas reportagens sobre direitos humanos, é um libelo contra os OGMs (organismos geneticamente modificados). Seu foco é a soja da Monsanto criada para ampliar a venda do seu herbicida Roundup.

Segundo seu livro, 70% das sementes transgênicas vendidas no mundo são de vegetais resistentes ao Roundup, borrifado indiscriminadamente sobre plantações, que mata só as ervas daninhas. Um gene inserido na soja torna-a imune ao popular Roundup. Os outros 30% são plantas da variedade chamada Bt, que exalam inseticida de suas folhas e caules. Em tese, livram o agricultor da necessidade de mais veneno contra insetos. "É uma façanha tecnológica admirável", reconhece Robin, antes de dizer ao espectador a que veio: mostrar por que a Monsanto ganhou de ambientalistas o apelido de "Monsatã". Seu documentário relata o processo de discussão legislativa sobre os transgênicos nos EUA na década de 1990 , legando ao país um certo liberalismo sanitário. A opção da FDA (agência de vigilância sanitária dos EUA) foi não criar uma regulamentação específica para os OGMs. Plantas "Roundup Ready" ou Bt passaram a ser vistas pela lei como vegetais comuns. Um gene a mais ou a menos não altera a "equivalência em substância" entre as plantas transgênicas e variedades comuns, diz a portaria da FDA de 1992. Surgiu então a controvérsia "Estas são plantas-pesticidas e deveriam ser testadas como pesticidas", diz Robin. "Testar a segurança sanitária de um pesticida leva dois anos. Os OGMs plantados agora foram checados durante três meses, e os problemas que surgem da intoxicação crônica não aparecem." Como evidência do potencial tóxico do glifosato, princípio ativo do Roundup, Robin apresenta um estudo de Robert Bellé, do Instituto Pierre e Marie Curie. Um teste em ouriços-do-mar, (animal modelo da biologia experimental), aponta o herbicida por afetar sua divisão celular, "a primeira etapa que conduz ao câncer", diz. O trabalho de Bellé não é o único a apontar problemas. Na França o Roundup não pode mais exibir rótulo com a inscrição "biodegradável", já que a substância é mais persistente do que se achava.

A história dos transgênicos nos EUA mostra um advogado- Michael Taylor e não um químico como personagem-chave por trás do conceito da "equivalência em substância", segundo Robin. Tendo trabalhado para a Monsanto até 1990, Taylor largou seu escritório quando convidado pela gestão Clinton a ocupar um cargo na FDA, onde ajudou a definir a política de governo para os OGMs. Após alguns anos, voltou à empresa para ocupar a vice-presidência.

O livro referencia documentos históricos e mostra como a empresa criou cultura eficaz para omitir efeitos nocivos de seus produtos como o PCB, fluido usado em transformadores elétricos por meio século, banido na década de 70 (a muito a empresa sabia dos malefícios da substância, conforme documentos internos), o agente laranja (desfolhante usado na Guerra do Vietnã), o hormônio de crescimento usado em vacas e um herbicida à base de dioxina. Todos produtos Monsanto. Por fim, fala-se da estratégia da empresa para esgotar a oferta de sementes de soja não-transgênica nos EUA, comprando empresas pequenas e processando por royalties, sojicultores acusados de usar sementes "piratas"com plantações "invadidas" via polinização natural, pela soja da Monsanto. Paradigma do capitalismo globalizado, a Monsanto tem mesmo uma história muito especial nos EUA", disse Robin à Folha. No mês passado, Robin esteve no Brasil para lançar seu livro e negociar direitos de distribuição do documentário. Uma TV brasileira interessada, não fechou negócio."Obtivemos a informação de que eles queriam comprar o filme para engavetá-lo depois." (Resumo com grifo meu - este filme estarrecedor foi asistido por mim, a reportagem original omite a exibição do filme no Rio de Janeiro, durante a mostra Gaia no Jardim Botânico- baseado na reportagem de Rafael Garcia/ Folha Online)

Enviado por Suzana Sattamini {Rede 3setor ( Rede de Informação e Discussão do Terceiro Setor)}

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brasildefato.com.br/Milho transgênico invade campo brasileiro

Fonte da imagem: http://zmramos.110mb.com

"DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM": UMA ROSA COM OUTRO NOME


por Jan Hunt, Psicóloga Diretora do "The Natural Child Project"

Imagine por um instante que você está visitando um viveiro de plantas...

Você percebe uma agitação lá fora e vai investigar. Você encontra um jovem
assistente lutando contra uma roseira. Ele está tentado forçar as pétalas
da rosa a se abrirem, e resmunga insatisfeito. Você lhe pergunta o quê
está fazendo e ele explica: "meu chefe quer que todas essas rosas
floresçam essa semana, então na semana passada eu cortei todas as precoces
e hoje estou abrindo as atrasadas". Você protesta dizendo que cada rosa
floresce a seu tempo, é absurdo tentar retardar ou apressar isso. Não
importa quando a rosa vai desabrochar - uma rosa sempre desabrocha no
momento mais oportuno para ela. Você olha novamente a rosa e percebe que
ela está murchando, mas quando você o alerta, ele responde: "Ah, isso é
mau, ela tem disdesabrochamento congênito. Vamos ter que chamar um
especialista". Você diz: "Não, não! Foi você quem fez a rosa murchar! Você
só precisaria satisfazer as exigências de água e luz da planta e deixar o
resto por conta da natureza!" Você mal consegue acreditar no que está
acontecendo. Por quê o chefe dele é tão mal informado e tem expectativas
tão irreais em relação às rosas?


Essa cena nunca teria se passado em um viveiro, é claro, mas acontece
todos os dias em nossas escolas. Professores pressionados por seus chefes
seguem calendários oficiais que exigem que todas as crianças aprendam no
mesmo ritmo e do mesmo jeito. No entanto as crianças não diferem das rosas
em seu desenvolvimento: elas nascem com a capacidade e o desejo de
aprender, e aprendem em ritmos diferentes e de modos diferentes. Se formos
capazes de satisfazer suas necessidades, proporcionar um ambiente seguro e
propício e evitar nos intrometer com dúvidas, ansiedades e calendários
arbitrários, aí então - como as rosas - as crianças irão desabrochar cada
uma a seu tempo.


Meu coração gela quando penso nas crianças classificadas como 'ADHD'
(sigla norte-americana para 'distúrbio de hiperatividade e falta de
atenção'), o mais novo tipo de "distúrbio de aprendizagem". Muitos
educadores e pesquisadores acreditam que as crianças e suas famílias
tenham sido cruelmente enganadas por essa classificação. O Dr. Thomas
Armstrong, que já foi especialista em dificuldades de aprendizagem, mudou
de profissão quando começou a ver "como essa noção de distúrbios de
aprendizagem estava prejudicando todas as nossas crianças, colocando a
culpa da dificuldade de aprender em misteriosas deficiências neurológicas,
em vez de apontar para as tão necessárias reformas em nosso sistema
educacional". O Dr. Armstrong voltou-se então para o conceito de
diferenças de aprendizagem e escreveu "In Their Way" ("Do modo deles"), um
guia prático e fascinante para os sete "estilos pessoais de aprendizagem"
inicialmente propostos por Howard Gardner, psicólogo da Universidade de Harvard. O Dr. Armstrong nos instiga a abandonar rótulos convenientes mas nocivos tais como "dislexia" e nos ater ao problema real do "disensino". Ele adverte que "nossas
escolas estão desvalorizando milhões de crianças ao taxá-las de
insuficientes quando na realidade elas estão sendo incapacitadas por
métodos de ensino ruins". Como Armstrong explica, "as crianças são
sobrecarregadas com diagnósticos tais como dislexia, disgrafia,
discalculia e assim por diante, dando a impressão de que sofrem de
doenças muito raras e exóticas. Embora o termo dislexia seja apenas uma
expressão latina para 'dificuldade com palavras', centenas de testes e
programas se propõem a identificar e tratar tais 'disfunções
neurológicas'. Mas os médicos ainda não conseguiram determinar qualquer
tipo de lesão cerebral detectável na maior parte das crianças com esses
assim chamados sintomas. Parece evidente para mim, depois de quinze anos de pesquisa e prática no campo da educação,que nossas escolas são as principais culpadas pelo fracasso e pelo tédio enfrentado por milhões de crianças..."


As classificações de distúrbios de aprendizado seriam "as novas roupas do
imperador" das escolas? Os filósofos têm um recurso interessante chamado
"Navalha de Occam", um expediente prático para liqüidar com teorias
absurdas: "para resolver um problema, deve-se escolher a teoria mais
simples que explique os fatos". Quais são os fatos? É fato que muitos
escolares, principalmente do sexo masculino, têm dificuldades de
aprendizagem. Mas também é fato que existem centenas de milhares de
crianças no mundo, meninos e meninas, entre os quais esse defeito
"genético" está ausente: são as crianças escolarizadas em casa. Nesse
grupo, praticamente não existem dificuldades de aprendizagem, exceto nas
crianças que estão ha pouco tempo na escola.


Se os "distúrbios de aprendizagem" estão presentes apenas no ambiente
escolar e ausentes em outros lugares, o problema deve estar no ambiente de
aprendizado das escolas e não em algum "distúrbio neurológico" misterioso
e não-detectável das crianças, ou estariam igualmente presentes nas
crianças escolarizadas em casa. Afinal não é segredo que as escolas não
estão conseguindo cumprir sua tarefa: em muitas regiões, os níveis de
alfabetização na verdade caíram e não chegaram a atingir os níveis prévios
à existência de escolas públicas (nos Estados Unidos). Quando John Gatto,
eleito Professor do Ano do Estado de Nova York, chama a escolarização
obrigatória de "sentença de doze anos de prisão", percebemos que algo está
muito errado e que o erro não é das crianças.


Será que as classificações de "hiperatividade", "fobia escolar" e
"dificuldade de aprendizagem" não são uma cortina de fumaça para a
incapacidade da escola de entender e aceitar o verdadeiro processo de
aprendizagem? Uma especialista do porte de Mary Poplin, ex-editora de uma
revista sobre distúrbios de aprendizagem ('Learning Disabilities
Quarterly'), concluiu recentemente que "apesar de toda a pesquisa
quantitativa... não há provas de que os distúrbios de aprendizagem possam
ser identificados objetivamente... as tentativas de se estabelecer
critérios objetivos para avaliar problemas humanos são uma ilusão que
serve para encobrir nossa incompetência pedagógica". O educador John Holt
relata em 'Teach Your Own' ('Ensine a Si Mesmo') que o presidente de uma
importante associação para tratamento de distúrbios de aprendizagem
admitiu que há "poucas provas para confirmar os diagnósticos de distúrbios
de aprendizagem". John Holt alerta os pais de crianças em idade escolar para serem "extremamente céticos em relação a qualquer coisa que as escolas e seus especialistas digam sobre a condição e as necessidades de seus filhos". Acima de tudo, eles devem compreender que é quase certo que a própria escola, com todas as suas fontes de tensão e ansiedade, esteja causando as dificuldades e que o
melhor tratamento provavelmente seja tirar o filho da escola de uma vez
por todas.


As famílias que fazem isso ficam aliviadas ao descobrir que seus filhos
recuperam o interesse que tinham pelo aprendizado quando eram mais novos.
Ao contrário dos professores escolares, que têm apenas uma visão parcial
de várias crianças a cada ano, os pais que ensinam em casa observam o
aprendizado de uma única criança ao longo de vários anos, aprendendo assim
a respeitar o estilo singular de aprendizado de cada filho, a confiar na
escala de horários individual da criança e a reconhecer que os erros são
um componente normal e passageiro do processo de aprendizado de qualquer
pessoa. ( Não há pressa, de qualquer forma: muitas crianças escolarizadas
em casa que começaram a ler aos 10 ou 12 anos saíram-se muito bem na
faculdade). Essa atitude de descontração dos pais que ensinam em casa
mantém intacto o valor próprio da criança, torna as classificações
insignificantes e permite que o aprendizado seja tão fácil quanto entre os
pré-escolares: crianças escolarizadas em casa costumam superar aquelas
que freqüentam a escola em termos de desempenho acadêmico, socialização,
confiança e auto-estima. John Gatto afirma que "em termos de capacidade
de pensar, as crianças escolarizadas em casa parecem estar de cinco a dez
anos adiante daquelas que freqüentam a escola".


Durante alguns anos John Holt desafiou várias escolas a "explicar a
diferença entre uma dificuldade de aprendizagem (que todos nós temos uma
vez ou outra) e um distúrbio de aprendizagem". Ele perguntou aos
professores como eles distinguem entre causas inerentes ao sistema nervoso
do aluno e fatores externos - o ambiente escolar, o modo de explicar do
professor, o professor em si ou o material didático. Ele relata: "nunca
recebi uma resposta coerente a essas perguntas... [ainda assim] essa
distinção é tão fundamental que não sei como podemos falar de modo
construtivo sobre os problemas de aprendizagem de uma criança sem ela".
Mas como os professores têm tanta certeza da existência tão disseminada de
distúrbios neurológicos? Talvez eles estejam apenas confundindo causa e
efeito: como John Holt observa, "os professores dizem que deve ser difícil
ler, ou não haveria tantas crianças com dificuldade de ler". John Holt
argumenta que "as crianças têm dificudlade de ler porquê partimos do pressuposto de que ler é difícil... com nossa preocupação, 'simplificação' e pedagogia, tudo o
que conseguimos é tornar a leitura cem vezes mais difícil para a criança
do que deveria ser... quando estamos nervosos ou com medo temos
dificuldade, ou ficamos mesmo impossibilitados, de pensar e até de
perceber... quando amedrontamos as crianças, bloqueamos totalmente seu
aprendizado".


De fato, algumas pesquisas mostram que as expectativas do professor sobre
a capacidade de aprendizado da criança influenciam muito o seu desempenho
acadêmico. Outras pesquisas mostram a relação entre a ansiedade da criança
e sua dificuldade de percepção - e ainda que o alívio da ansiedade (e o
tratamento de alergias alimentares, quando elas existem) reduz em muito a
incidência dessas dificuldades. Mas não precisamos que especialistas e
pesquisadores nos digam o quê está errado. Precisamos apenas ouvir as
próprias crianças, que estão há anos tentando expressar sua dor,
frustração, confusão e raiva. Quando as crianças se voltam para as drogas,
auto-mutilação e suicídio, é evidente que estão tentando nos comunicar
algo muito importante.


Será que as dificuldades de aprendizagem são mesmo uma reação
compreensível de crianças normais obrigadas a conformar-se às condições
anormais das salas de aula convencionais? Em outras palavras, será que as
escolas são incapazes de perceber a diferença entre simples relatos de
erros de aprendizagem passageiros, agravados pelo estresse, e uma
conclusão científica? Embora as supostas anomalias neurológidas nunca
tenham sido identificadas, não é difícil detectar condições anormais no
ambiente escolar: competitividade feroz, inatividade física
(particularmente difícil para os meninos), matérias fragmentadas que têm
pouca relação com os interesses e as experiências individuais da criança,
freqüentes avaliações e questionamento do progresso do aprendizado, falta
de tempo para o convívio familiar, pouca oportunidade de conhecer pessoas
de outras idades, falta de sossego para a privacidade e a reflexão, pouca
oportunidade de receber a atenção exclusiva dos professores, desencorajamento a
compartilhar idéias e trabalho com os colegas de classe (uma oportunidade
valiosa sendo desperdiçada), crianças frustradas caçoando das outras, o desencorajamento de atitudes de auto-valorização e acima de tudo a
indignidade de ser um incapaz, uma "não-pessoa", cujas necessidades
legítimas e as tentativas de expressar essas necessidades são abafadas
pela defensiva institucional. Todas essas dificuldades podem ser evitadas
com a escolarização domiciliar - desde que o governo permita autonomia
suficiente.


Classificações são incapacitantes, porque as crianças acreditam no que
lhes dizemos. Se tivermos que classificar algo, que seja o ambiente de
ensino e não o aluno: em vez de "criança hiperativa", vamos nos preocupar
com as escolas "restritivas de atividade"; em vez de alunos com "falta de
atenção", deveríamos pensar nas aulas com "falta de inspiração"; em vez de
"criança com fobia escolar" deveríamos usar palavras mais honestas como
"ansiosa" e "amedrontada", e tomar mais cuidado ao pesquisar o motivo da
ansiedade. Usando a Navalha de Occam, vamos procurar a teoria mais simples
que explique os fatos e não a mais complicada e obscura. Um ambiente
estressante, punitivo e ameaçador é mais do que suficiente para explicar
os problemas de aprendizagem. Não precisamos nos confundir com termos
técnicos, teorias sem comprovação científica e bodes expiatórios para
preservar uma instituição social que falhou com nossos filhos.


Como devemos agir então? Norman Henchey, professor da Universidade
MacGill, recomenda "repensar totalmente a escolarização compulsória".
Norman Henchey defende a volta à escolarização em casa e a "outras vias de
amadurecimento... programas de formação de aprendizes, serviços de ensino
formais e informais, servico público". Talvez assim possamos honrar o
estilo individual de aprendizado de cada criança e, como pede o Dr.
Armstrong, "dar às crianças a motivação de que necessitam para se sentirem
seres humanos competentes e bem-sucedidos". As crianças nasceram para
aprencer. Elas merecem ter um ambiente de ensino seguro e estimulante,
onde possam aprender em uma atmosfera de paciência, respeito, delicadeza e
confianca, sem ameaças, coerção ou cinismo. Como Einstein nos alertou
muitos anos atrás, "é um grave erro acreditar que o prazer de observar e
pesquisar possam ser incutidos pela coerção".



Toda criança é uma criança bem-dotada.

http://albanyfreeschool.com

--
Gabriela Gonçalves
http://ninhoslings.blogspot.com
http://www.arteraiz.com.br


Making it up as we go along: The story of the Albany Free School (Tradução livre para uso no curso Politeia)

http://curso.politeia.org.br/Bibliografia completa

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

III Encontro Continental Guarani destaca falta de terra para os indígenas do sul do Brasil

A falta de terra para os Guarani que vivem nos estados do sul do Brasil é a principal questão debatida no III Encontro Continental Guarani, que acontece entre 5 e 7 de fevereiro, em São Gabriel, Rio Grande do Sul. Cerca de 150 guarani participam do evento, que relembra o massacre do líder Guarani Sepé Tiaraju, ocorrido há 252 anos.



Lideranças indígenas do Rio Grande do Sul, de Santa Cataria e do Paraná estão presentes ao encontro. Os Guarani da região irão debater os principais problemas que os afetam, com destaque para a questão territorial. “Várias famílias estão morando na beira da estrada por falta de terra, com risco das pessoas serem atropeladas”, alerta a liderança Maurício Guarani, da terra Estiva, em Viamão, Rio Grande do Sul.



A partir do Encontro, os indígenas pretendem pressionar a Fundação Nacional do Índio (Funai) para que novos Grupos de Trabalho (GTs) de identificação de terra sejam criados. Nos últimos meses, os povos conquistaram a criação de um GT para identificar três terras no Rio Grande do Sul. Amanhã (6), à tarde, representantes da Funai, Ministério Público Federal e Fundação Nacional de Saúde (Funasa) ouvirão as demandas indígenas.



Os participantes do Encontro também pretendem organizar, ainda em 2009, uma reunião com os Guarani da Argentina e Paraguai para intensificar a articulação continental do povo, iniciada em 2006 no I Encontro Continental Guarani.



Memória de Sepé

No dia 7 de fevereiro, os pajés celebrarão a memória de Sepé Tiaraju. Ele liderou os Guarani na resistência dos Sete Povos das Missões contra o tratado de limites, celebrado entre Espanha e Portugal, que expulsaria os indígenas para o outro lado do rio Uruguai. Ele foi morto em 1756 no local conhecido hoje como Sanga da Bica, localizado dentro da cidade de São Gabriel. Três dias depois, mais de 1,5 mil Guarani foram dizimados pelos exércitos invasores, no local conhecido hoje como Coxilha do Caiboaté.



“Esse é um momento importante para refletir sobre nossa história, nossa luta, nosso povo” explica Maurício. Segundo a liderança, desde o primeiro Encontro Continental, em 2006, já houve importantes avanços como a criação da Comissão de Terras Guarani e o aumento do diálogo com Funai sobre as terras do povo.



Brasília, 5 de fevereiro de 2009
Informe n. 852
Cimi - Conselho Indigenista Missionário

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Doações para vítimas de enchentes foram queimados por terem deteriorado


O Ministério Público Estadual (MP) do Rio de Janeiro vai instaurar inquérito para apurar a responsabilidade dos bombeiros que incineraram donativos destinados às vítimas da enchente que devastou Santa Catarina e vários municípios fluminenses, nos últimos meses.

De acordo com o promotor Homero das Neves, coordenador da Primeira Central de Inquéritos, a destruição do material usado constitui crime de dano contra o patrimônio público, pois o Estado era, naquele momento, responsável pelos donativos.

Se condenados, os responsáveis por atear fogo às doações e o coronel Djalma Souza Filho, exonerado do cargo de diretor-geral da Defesa Civil, podem pegar de dois a quatro anos de prisão. O caso deverá ser investigado pela 17ª DP (São Cristóvão), que cobre a área do 21º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) do Exército, onde as doações estão armazenadas, em condições precárias, desde novembro.

O secretário estadual de Saúde, Sergio Côrtes, que determinou o afastamento do coronel, disse estar revoltado com a destruição: "O meu sentimento é de revolta, como o de qualquer cidadão. A vantagem é que eu sou secretário e pude exonerá-lo", disse.

Côrtes determinou que o subsecretário de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado, instaurasse uma sindicância para apurar os fatos. Ele disse que sequer telefonou para o ex-diretor-geral para comunicar sobre sua demissão.

"Para mim, as fotos e as imagens já dizem tudo. E é preciso atitudes rigorosas na apuração. A cobrança é fundamental. Dentro de 30 dias vamos saber quem foram os responsáveis, e eles serão responsabilizados por isso", afirmou.

O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, que acompanhou Côrtes num evento no Piscinão de Ramos, preferiu não comentar o episódio. O governador Sergio Cabral também não falou sobre o assunto.

O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP), presidente da Comissão de Defesa Civil da Assembléia Legislativa (Alerj), disse que convocará os acusados para prestar esclarecimentos amanhã. Ontem, o parlamentar voltou a defender o militar que determinou a queima dos donativos.

"O coronel Djalma teve dificuldade para levar os donativos até os desabrigados. Além disso, o material não estava guardado em local adequado. Eles não seriam loucos. Tem que haver uma justificativa", disse Bolsonaro, que já sabia da dificuldade de encaminhar os donativos aos municípios atingidos pelas enchentes. O deputado se comprometeu a voltar ao quartel para vistoriar o que restou dos donativos.

Nos últimos dias, doadores cariocas, que se sensibilizaram com o drama dos desabrigados e enviaram donativos para o quartel de São Cristóvão, ficaram indignados com a queima de roupas e brinquedos pelos bombeiros. Moradora de Campos, a médica Fernanda Guimarães trabalhou em Itaperuna para ajudar os desabrigados. "Várias cidades da região ainda precisam de donativos, especialmente agasalhos, já que são municípios muito pobres. Foi um absurdo queimar isso", afirma ela.


http://jornale.com.br
Publicado por Edson Fonseca
02-Fev-2009 12:30

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A doações para Santa Catarina viraram cinzas no Rio de Janeiro

Sua doação virou cinza otário!!!

Bombeiros do Rio queimam doações para desabrigados

O filme A Casa de Sandro recebe Menção Honrosa do Jurí da Crítica

''A Casa de Sandro apresenta uma articulação rigorosa entre elementos visuais e sonoros e institui um universo minimalista, no qual interagem a criação fílmica e a pictórica. Na sucessão dos planos, o cineasta afirma sua diferença de estilo em relação ao gesto do pinto'', justifica o Júri da Crítica.



Gustavo Beck

Foto: Leonardo Lara - 01/02/2009

http://www.mostratiradentes.com.br

- 'ao gesto do pinto' ficou ótimo. rs! só reproduzi o texto do site.

Governo financia Fórum com R$ 86 milhões: R$ 50 milhões para a polícia

O evento da "esquerda democrática" tem servido para o governo do PT no estado, de Ana Júlia Carepa, investir cada vez mais em repressão contra a população pobre


O Fórum Social Mundial, encontro financiado pelo governo e por capitalistas, que está sendo realizado em Belém, no Pará, tem sido, ao contrário do que divulgam seus organizadores, e inclusive partidos ditos de esquerda, como o Psol e o PSTU, entusiastas participantes, ou seja, que seria um encontro de discussão democrático, uma verdadeira frente de repressão do governo estadual, de Júlia Carepa, do PT e do governo Lula.

Para o evento, o governo federal, por meio de ministérios e de estatais repassou R$ 86 milhões para o fórum, sendo que R$ 50 milhões foram destinados para a Polícia Militar, para a compra de armas, câmeras e equipamentos policiais.

Foram quatro ministérios (Saúde, Trabalho, Educação e Turismo) e duas estatais que garantiram o repasse milionário, fator de controle completo do governo sobre o Fórum.
Este encontro não é só financiado por governos da oligarquia, mas pelas forças repressivas deste governo.

O governo de Ana Júlia Carepa, do PT do Pará, é conhecido por promover uma série de atividades repressivas contra os sem-terra, as mulheres e a população mais pobre do estado.

Foi neste governo que os latifundiários realizaram a operação "Paz no Campo" contra os sem-terra, que incluiu diversas tropas policiais para perseguir famílias de sem-terra e trabalhadores rurais no campo.

Neste governo foram denunciadas também dezenas de casos de mulheres que foram encarceradas com homens por falta de prisões ou por acordo com o aparelho prisional para forçar mulheres a venderem seus corpos na prisão, fato gravíssimo que foi minimizado pela imprensa e pelo governo federal.

O comandante da operação repressiva é o Delegado Geral de Polícia, Raimundo Benassuly, o mesmo que defendeu os estado das acusações de deixarem mulheres serem presas nas penitenciárias com homens, caso que veio à tona há dois anos, mas que continua sendo comum nas prisões deste e de outros estados.

Em meio ao Fórum, e antes deste, foi desbaratada a chamada "Operação Reação" da Polícia Civil, para perseguir e prender a população negra e pobre de Belém.

Os policiais civis de Belém do Pará estão realizando rondas ostensivas desde o dia 8 de janeiro revistando um número imenso de pessoas nas periferias, adotando o regime de intolerância total, tudo isso para defender os turistas, muitos dos quais estrangeiros que participam de atividades do Fórum.

O Fórum Social Mundial é uma atividade da esquerda estatal, financiada por capitalistas e uma frente do governo repressivo de Lula para aperfeiçoar seus métodos de repressão contra o povo.


Alexandre Amaral
31 de janeiro de 2009

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Governo é como um violino: a gente segura com a esquerda e toca com a direita!
www.anarkopagina.org

Sebastião Nery - A CABEÇA DE BATTISTI


O carrão preto, motorista de libré, parava na porta da embaixada do Brasil em Roma, na Piazza Navona, em 90 e 91. Descia um senhor baixo, 80 anos, terno escuro, colete cinza, camisa branca e gravata. Um dos homens mais poderosos da Itália, conde do Papa, banqueiro de Deus, ia buscar-me para almoçar, a mim, pobre marquês, adido cultural.

Íamos aos mais discretos e charmosos restaurantes de Roma, com os melhores vinhos da Itália. Às vezes o almoço foi no palacete dele, na Vila Archimede, no alto do Gianicolo, ou, em um domingo de sol, em sua casa na serra, em Grottaferrata, a poucos quilometros de Roma. Simpático, vivido, o conde Umberto Ortolani era uma figura "ambígua, misteriosa" (como dizia o "La Republica"). Mal falava, só perguntava.

Dele eu sabia que era conde da Santa Sé,"gentiluomo di sua Santitá", banqueiro do Vaticano, socio-diretor do jornal "Corriere de la Sera". Havia conhecido num vernissage no Masp, em São Paulo, em 84, apresentado pelo jornalista e editor José Nêumanne, do "Estado de S. Paulo".

ORTOLANI

O que ele queria de mim? Queria o Brasil. Queria que eu convencesse o embaixador Carlos Alberto Leite Barbosa a convencer o Itamaraty a lhe entregar um novo passaporte, pois tinha cidadania brasileira dada pela ditadura militar a pedido dos Mesquita do "Estado de S. Paulo" e os dois que tinha, o italiano e o brasileiro, o governo italiano lhe tomara ao descer em Roma, depois de oito anos asilado no Brasil.

Impossível. Quem tomou o passaporte foi o governo italiano. O Brasil nada tinha com aquilo. Mas ele achava que, insistindo, talvez conseguisse. Queria fugir de novo. Ou não tinha companhia melhor para sua conversa admirável sobre a política italiana e seus magníficos vinhos.

Levou-me a seu escritório na Via Condotti, 9, em cima da Bulgari :

- Desta sala saíram sete primeirios ministros: Andreotti, Craxi, etc.

UM LIVRO

O conde é uma historia exemplar do satânico poder dos banqueiros, mesmo quando, como ele, um banqueiro de Deus, vice-presidente do banco Ambrosiano, do cardeal Marcinkus, até hoje foragido nos Estados Unidos.

Os que criticam, inteiramente sem razão, o presidente Lula e o ministro Tarso Genro, por terem dado asilo político ao italiano Cesare Battisti, deviam ler um livro imperdível: "Poteri Forti" ("Fortes Poderes, o Escândalo do Banco Ambrosiano"), do jornalista italiano Ferruccio Pinotti, abrindo as entranhas do poder de corrupção do sistema financeiro, de braços dados com governos, partidos, empresários, maçonaria, mafia.

Em junho de 1982, foi encontrado estrangulado em Londres, embaixo da "Blackfriars Bridge" ("a ponte dos Irmãos Negros"), o banqueiro italiano Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano, que acabava de quebrar, e tinha como diretores o cardeal Marcinkus, o conde Ortolani e o chefe da P-2 italiana (maçonaria), Licio Gelli.

MÃOS LIMPAS

Nos dias seguintes, na Itália e na Inglaterra, apareceram assassinados varios outros ligados a Calvi. No meio da confusão estava Ortolani, um dos quatro "Cavaleiros do Apocalipse". Quando, a partir de 90, a "Operação Mãos Limpas" chegou perto deles, o conde, olhando Roma lá de cima do Gianiccolo, me dizia :

- Isso não vai acabar bem.

Depende o que é acabar bem. O ministério Publico e a Justiça enfrentaram a aliança satânica, que vinha desde 45, no fim da guerra, entre a Democracia Cristã e a máfia italiana. Houve centenas de prisões, suicídios. Nunca antes a máfia tinha sido tão encurralada e atingida. Responderam com bombas detonando carros de procuradores e juizes. Mas os grandes partidos políticos aliados (Democrata Cristão, Socialista, Liberal) explodiram. O Partido Comunista, conivente, se desintegrou. E meu amigo conde, condenado a 19 anos, morreu em 2002, aos 90 anos.

NEGRI E BATTISTI

A "Operação Mãos Limpas" não teria havido se um punhado de bravos jovens valentes e alucinados, das Brigadas Vermelhas e dos Proletarios Armados pelo Comunismo (PAC) não tivesse enfrentado o Estado mafioso.

O governo, desmoralizado, usava a máfia para elimina-los. Eles reagiam, houve mortos de lado a lado, e prisões dos lideres intelectuais, como o filósofo De Negri (asilado na França) e o romancista Cesare Battisti (asilado na França). Estava lá, vi, escrevi, acompanhei tudo.

Foram eles, os jovens rebeldes das décadas de 70 a 80, que começaram a salvar a Italia. Se não se levantassem de armas na mão, a aliança Democracia Cristã, Partido Socialista, Liberais e máfia, estaria lá até hoje. Berlusconi é o feto podre que restou, mas logo será expelido.

SALOMÉS

O corrupto Chirac, a pedido de Berlusconi, retirou o asílo politico de Battisti, que o Brasil agora lhe deu. Tarso Genro e Lula estão certos. O problema foi, era, continua político. O fascista Berlusconi (primeiro-ministro)é apoiado pelo desfrutavel velhinho comunista Giorgio Napolitano (presidente) que se escondeu quando o juiz Falcone (assassinado) e o procurador Pietro (hoje no Parlamento) fizeram a "Operação Mãos Limpas"

Não têm autoridade moral nenhuma. Por que não devolveram Caciolla, o batedor de carteira do Banco Central, quando o Brasil pediu?

As Salomés de lá e cá querem entregar a cabeça de Battisti à máfia.


www.sebastiaonery.com.br

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Liberdade à Cesare Battisti

Abaixo-Assinado de Solidariedade a Cesare Battisti

Carta em solidariedade a Cesare Battisti

Um italiano preso político no Brasil

http://resistir.info/

Por Cesare Battisti, evitemos a infâmia(Brasil de fato)

Altamiro Borges: Cesare Battisti e a conspiração da CIA

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veja o que o Governo Fascista da Italia pretende fazer com Cesare Battisti - Canta a norte-americana JOAN BAEZ. A música é de ENNIO MORRICONE.