quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Sarasvati



Nos Vedas, suas características e atributos são associados com o poderoso rio Sarasvati. Ela é o mais antigo exemplo de uma deusa associada a um rio na tradição indiana.
Numa literatura védica posterior, ela é a deusa da palavra, conhecida como Vak.
Como a incorporação da palavra, Sarasvati está presente em qualquer lugar em que a palavra exista. E por isso ela é associada com o melhor da cultura humana: poesia, literatura, rituais sagrados, e comunicação entre indivíduos.
Ela é sempre representada com uma beleza extrema, pele clara, com quatro braços, sempre jovem e graciosa. Ela está sentada em uma lótus, acompanhada de seu cisne, e carrega um alaúde (Veena) descansando em seu seio. Em suas mãos ela leva um rosário, um livro, e um pote de água. O livro a associa com as ciências e aprendizado no geral. O alaúde liga-a às artes, principalmente música, e o rosário e o pote de água a associam com as ciências espirituais e ritos religiosos. Ela está vestida de branco e azul, uma reminiscência de sua forma como rio.
As lendas dizem que ela brotou da testa de seu pai, Brahma, assim como a deusa grega Atena, que nasceu da cabeça de seu pai, Zeus. Brahma desejou-a assim que olhou para essa linda mulher, mesmo ela sendo sua filha. Sarasvati não gostou das atenções amorosas desse velho deus e continuou se movendo, mas para qualquer lugar que fosse, Brahma fazia crescer uma cabeça em sua direção para vê-la melhor. Dessa maneira, Brahma ficou com quatro faces nos quatro lados de seu pescoço e até uma cabeça no topo das quatro, para que ela não pudesse escapar movendo-se para cima. Mas Sarasvati continuou iludindo-o.
A capacidade de recordar sem raiva ou ressentimento é o maior presente de Sarasvati a seus filhos: escritores, músicos e criadores de várias formas de arte. Todos eles lutaram com a tradição, mas sua luta foi racional, não emocional. Sem se cortar o cordão umbilical, nenhum novo início inovativo pode ser feito, seja criando ou procriando. Essa é a mensagem de Sarasvati.

(Esse texto é uma versão de 'Lakshmi and Saraswati - Tales in Mythology and Art', escrito por Nitin Kumar e publicado em dezembro de 2000)


Editado do sítio: http://aguapotavel.blogspot.com

http://pt.wikipedia.org

CANALHAS


A energia material funciona como a sombra
que se move conforme o movimentos de um objeto.

Quem zurra e só perturba os outros
e não sabe para quem trabalha arduamente
deve entender que ação destina-se a sacrifício.
Deleita-se assistindo notícias absurdas e banais
e aliena-se no período se decanso ofertado.

Das 400 mil espécies humanas
99,9% são incivilizadas.
Quando em situação deconfortável
pedem ao Criador que o salvem
e logo que equecem-se das dificuldades
esquecem também de seu libertador.

Aquele que vê da mesma maneira
o mais instruido, o cachorro e
o comedor de vaca é um verdadeiro filósofo
e não um especulador iludido.

Aqueles que argumentam que o Senhor
jamais desce neste mundo,
que apresentam avatares inventados,
não podem conhecer quem está
além do modo da bondade.


(BG 7-15)

versão para significado por Sua Divina Graça Bhaktivedanta Swami Prabhupada
http://www.newtalavana.org

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Desmatamento na Amazônia volta a crescer

O sistema de monitoração do desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estimou a derrubada de mais de 3000 km² de floresta Amazônica nos últimos cinco meses de 2007. O instituto admite que este número pode chegar a 7000 km². De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, os dados mostram que há uma alta "inequívoca" no ritmo do desmatamento, cuja ação o governo vinha conseguindo conter desde 2004.

De acordo com o pesquisador da Organização Não-Governamental (ONG)Imazon - que trabalha com estudos sobre a Amazônia em Belém, Adalberto Veríssimo, a devastação deve dobrar em 2008.

“Esses primeiros cinco meses já indicam que o desmatamento da Amazônia vai ser bem maior. O ano passado, para ter uma idéia, nesses primeiros cinco meses, a estimativa era metade disso. Se mantiver esse ritmo, ele vai sair de uma área que é metade do estado de Sergipe, para uma área que vai ser do tamanho do estado de Sergipe ou maior. Em um ano”.

Estudos da Imazon indicam que o Pará apresentou um crescimento do desmatamento de 300% em novembro em relação a outubro. Segundo a ONG, entre os cinco meses – de agosto a dezembro, a perda da floresta aumentou 74%.

Segundo Veríssimo, as principais responsáveis pelo aumento do desmatamento devem ser a produção de soja e carne, commodities cujos preços subiram.

“Quando o mercado agrícola está favorável, o preço melhorou, tem uma procura muito grande, então isso incentiva para que o proprietário rural desmate para atender essa demanda”.

Para reverter este quadro, Veríssimo aponta que somente com repressão o governo não obterá êxito. Seria necessário uma nova agenda econômica para Amazônia, dando créditos para áreas de manejo florestal, ao invés de dá-los a pecuária, exemplifica.

De São Paulo, da Radioagência NP, Vinicius Mansur.
http://www.radioagencianp.com.br

25/01/08

http://www.greenpeace.org.br/amazonia

domingo, 27 de janeiro de 2008

Kuruksetra – A Terra do Dharma

Kuruksetra – The Land of Dharma
Do site Krsna.com
por Lokanath Svami

Guerra e atividades piedosas frequentemente caminharam juntas neste antigo campo do norte da Índia.

Kuruksetra, a cerca de centenas de quilômetros ao norte de Nova Delhi, é conhecido principalmente como o local onde a grande batalha do Mahabharata foi travada e onde Krsna falou o Bhagavad-gita. Mas muito antes desses eventos, Kuruksetra exercera um papel predominante na história e cultura da antiga Índia. Por milhares de anos, ali foi o eixo ao redor do qual a civilização Védica girou em sua grande glória. A importância religiosa de Kuruksetra é descrita em muitas escrituras, incluindo o Bhagavad-gita, o Mahabharata, e vários Upanisads e Puranas. As escrituras descrevem-no como um local de meditação e uma das moradas dos semideuses. A atmosfera de Kuruksetra continua dominada pelo canto de hinos Védicos, especialmente o Bhagavad-gita.

O primeiro verso do Gita se refere a Kuruksetra como dharma-ksetra, ou “o campo do dharma”, indicando que ele já era conhecido como um local sagrado. Hoje, pode-se encontrar muitos templos antigos e lagos sagrados em Kuruksetra, uma área de aproximadamente centenas de quilômetros quadrados entre os rios sagrados Sarasvati e Drsadvati, no estado de Haryana.


O Grande Rei Kuru

Kuruksetra, antigamente, era conhecido como Brahmaksetra, Brighuksetra, Aryavarta e Samanta Pancaka. Tornou-se conhecido posteriormente como Kuruksetra por causa do trabalho do rei Kuru.

O Mahabharata descreve como o rei Kuru, um proeminente ancestral dos Pandavas, fez daquela terra um grande centro de cultura espiritual. O rei Kuru foi até lá em uma quadriga de ouro e usou o ouro da quadriga para fazer um arado. Ele, então, pegou emprestado o touro do Senhor Siva e o búfalo de Yamaraja e começou a arar o solo. Quando Indra chegou e perguntou a Kuru o que ele fazia, Kuru respondeu que ele estava preparando a terra para plantar as oito virtudes religiosas: verdade, yoga, gentileza, pureza, caridade, perdão, austeridade e celibato.

Indra requisitou que o rei lhe pedisse alguma dádiva. Kuru pediu que aquela terra permanecesse eternamente um local de peregrinação, mesmo após sua partida, e que qualquer um que morresse ali fosse para o céu independentemente de seus pecados e virtudes. Indra riu ao ouvir tal pedido.

Intrépido, Kuru executou grandes penitências e continuou a arar. Gradualmente, Indra começou a reconsiderar seu pedido, mas os outros semideuses expressavam dúvida. Eles diziam que morte sem sacrifício não era digna de um espaço no céu. Finalmente, Kuru e Indra chegaram a um acordo: Indra aceitaria no céu qualquer um que morresse ali lutando ou executando penitências. Assim, Kuruksetra se tornou tanto um campo de batalha quanto uma terra piedosa.


A Batalha do Mahabharata

Quando os Pandavas clamaram de Dhrtarastra e de seus filhos, os Kauravas, a sua parte legítima do reino de Pandu, foi-lhes dada a floresta Khandava, localizada ao sul do reino de Kuru. Lá, eles construíram uma cidade magnífica chamada Indraprastha, localizada onde hoje é Delhi. Os Kauravas mantiveram Hastinapura, situada ao norte de Delhi, como sua capital.

Mais tarde, os Pandavas foram exiladas por treze anos após a derrota de Yudhisthira em um jogo de dados. Após o cumprimento do exílio, os Pandavas exigiram a devolução do reino que lhes cabia. Como representante dos Pandavas, o Senhor Krsna foi até Duryodhana, o Kaurava mais velho, e pediu humildemente por cinco vilas para os cinco Pandavas. Mas o orgulhoso Duryodhana se recusou a ceder qualquer terra. "Não darei a eles sequer a quantia de terra que cabe na cabeça de um alfinete", ele disse.

Naquele momento, a guerra se fez inevitável, e os Kauravas e os Pandavas decidiram lutar em Kuruksetra porque ali abundava água e lenha e era espaçoso e inabitado.

Os Pandavas ganharam a batalha de Kuruksetra, que durou apenas dezoito dias.


O Nascimento do Gita

A batalha de Kuruksetra começou no dia conhecido como Moksada Ekadasi. (Ekadasi é o décimo primeiro dia tanto da lua crescente quanto da lua minguante, e moksada significa "aquele que concede liberação"). Naquele dia, Krsna iluminou Arjuna com o conhecimento do Bhagavad-gita, liberando-o. Atualmente, todo ano neste dia - considerado o aniversário do Bhagavad-gita - festivais em homenagem ao Gita são realizados em Kuruksetra e em vários outros locais da Índia.

O grande festival de Jyotisar, o local onde o Gita foi falado, é organizado como um ofício do governo, com ministros e governadores presidindo o evento. Coincidentemente, é também a época da Maratona Anual da ISKCON de distribuição dos livros de Prabhupada, quando os devotos distribuem centenas e milhares de cópias do Bhagavad-gita Como Ele É de Srila Prabhupada por toda a Índia e ao redor do mundo.


Kuruksetra e o Rathayatra

Certa vez, quando Krsna Se preparava para ir a Kuruksetra no momento do eclipse solar, Ele convidou as gopis (vaqueirinhas) e outros residentes de Vrndavana para encontrarem-se com Ele em Kuruksetra. Quando Ele deixou Vrndavana em Sua mocidade, Ele prometera voltar muito em breve. Mas ele ficou longe por um longo período (cerca de cem anos), então, motivados por intenso amor espiritual, os residentes de Vrndavana sempre sentiam saudade transcendental e o extático desejo de vê-lO novamente.

Os residentes de Dvaraka (a cidade majestosa) chegaram a Kuruksetra em opulentas quadrigas; os residentes de Vrndavana (uma simples vila de vaqueiros), em carros de boi. Porque as famílias de Vrndavana e de Dvaraka eram relacionadas, uma reunião muito prazerosa aconteceu.

De todos os residentes de Vrndavana, a líder das gopis, Srimati Radharani, havia sentido as dores da separação de Krsna mais do que qualquer outro. Ela e as outras gopis estavam determinadas a levar Krsna de volta a Vrndavana. A reciprocidade amorosa entre Krsna e as gopis em Kukuksetra é o significado esotérico por trás do festival conhecido como Rathayatra. Assim, sempre que os devotos Hare Krsna realizam Rathayatras em qualquer cidade ao redor do mundo, eles estão proclamando as glórias eternas de Kuruksetra.

Tradução por Bhagavan dasa (DvS)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Instruções do Guru:

Gurudeva pediu que, pelo menos, aprendêssemos as canções que diariamente são cantadas no templo, assim como o Sikshastaka e as 10 ofensas a serem evitadas. Disse ele: “ É obrigação de todo vaishnava cantar e conhecer o significado das principais canções, do Sikshastaka, bem como saber de cor as 10 ofensas a serem evitadas, por favor, procurem aprende-las”.
Outro pedido de Gurudeva é que nós, discípulos, continuemos colaborando com a campanha da construção do templo. Gurudeva, sempre entusiasta, revelou-nos o desejo de construir um complexo na área do templo para desenvolver um programa de formação e capacitação de bhaktas e bhaktins, bem como, a construção de ashrams para abrigar devotos(as) idosos que desejem prestar serviço devocional longe da cidade grande, ou seja, pessoas que queiram levar “uma vida simples, com pensamentos elevados”.

Sabemos que os dois primeiros e mais importantes itens da bhakti-yoga são: Sravana e Kirtana, ouvir e cantar. Se tivermos interesse em ouvir e cantar os nomes, as glórias e os passatempos de Krishna, Ele nos dará Sua misericórdia. Srila Prabhupada orientou que os devotos aprendessem as canções vaishnavas, orações, pranamas e toda glorificação feita diariamente nos templos, e em ocasião de festivais. Conhecer o significado daquilo que cantamos e promunciamos, embora não seja compulsório para que desenvolvamos amor por Krishna, é de suma importância para que possamos realizar o conhecimento e para que saibamos explicá-lo a outrem. Inicialmente podemos adquirir o Manual Vaishnava e o Livro de Canções, eles podem ser encontrados no site da BBT e já nos fornecerão bastante informações.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Música Clássica Indiana

Música em princípio é considerado como prece ou oração e alimento para alma. É um meio de atingir a consciência suprema.


Música Clássica Indiana

A evolução da Música Indiana começa com os Vedas. Esta literatura datada aos milhares de anos foi composta na forma de poesia e era cantada com ritmo. Essas melodias com o tempo integraram a vida inteira do ser humano desde o nascimento até a cremação e assim a música colocou o mito perto da criação e da natureza. Convivendo junto com a natureza o homem começou a aprender o efeito das notas nas estações do ano e isto o ajudou a transformar o trabalho em prazer, pois o canoeiro, o vaqueiro, o pastor, todos tem suas canções que pulsam no ritmo de seus trabalhos.


VEDAS - As sementes da Melodia

Entre os quatro vedas, o Samveda é considerado o melhor, inclusive no Bhagavad-Gita, onde Krishna diz :"Vedanam Samvedosmi" "Nos Vedas eu sou Samveda". Os mantras do Rigveda se chamam Ritcha. Quando estes mantras são cantados sem melodia ainda são chamados Ritcha, mas quando são cantados com notas são chamados Sam. Sa significa Ritcha ou Mantra, e Am significa Alap. Mantras cantados com Alap chamam-se Sam.


Os sábios escreveram o Sam, pensando no objetivo da música. O Mahamuni Bharat retirou do Rigveda a partitura ou as letras do Samveda, do Yajurveda retirou a expressão corporal e do Atharvaveda os extratos, e assim, escreveu o Natya Shastra (o tratado sobre música e teatro).





Os Rágas


Milhares de anos atrás começou-se a desenvolver o conceito de Rágas. Através de profunda meditação e vivência com a natureza, percebeu-se que certo conjunto de notas deveriam ser invocadas a certas horas, e em certas estações. Esta correspondência é feita entre rágas e os períodos do dia (manhã, tarde e noite), e as estações do ano (primavera, verão etc.). Isto impulsiona a criatividade do músico na direção correta, pois lhe dá a consciência criativa necessária para todas as improvisações que são requisições fundamentais para a música indiana. Foi percebido também que a vibração de certas notas ou conjunto de notas e melodias provocam alterações nos chacras catalisando ou diminuindo suas funções. Estas alterações psicofísicas e energéticas modificam o estado de consciência do músico e do ouvinte.

A ciência moderna está chegando a conclusão de que, a maioria das doenças são psicossomáticas ou resultado de desequilíbrio de energias vitais que fluem dentro do corpo. Na antigüidade os sábios, sabendo o poder do som, usavam a música para restabelecer o equilíbrio energético.

A vibração das 22 artérias é representada por 22 shrutis, determinadas freqüências ou microtons, e os 12 principais shrutis representam doze notas. Cada um dos sons e combinação destes tem um certo efeito sobre a psique humana. Por exemplo, para todo tipo de expansão física e material são usadas os sampoorna rága (os arranjos de 7 notas), e para todo o tipo de redução, das doenças, comportamento violento, etc., são usados os shádava rága (os arranjos de 6 notas). Para um comerciante mal sucedido, serviria um rága diferente do que para um empresário, que queira expandir seus negócios; e para restabelecer o bom funcionamento dos rins não serviria o mesmo rága indicado para um tratamento de emagrecimento.

A música não só afeta aos seres vivos, mas altera o ambiente, o local, inclusive o clima. Existem rágas que tanto podem provocar o fogo, aparentemente trazendo-o do nada, como a chuva. E também mudar o comportamento de uma multidão violenta, para calma ou vice-versa. Na Índia, a música clássica também é utilizada para maiores obtenções na produção do leite de vaca, e para maiores colheitas, dando uma safra rica. Assim a música tem o poder de influenciar os três reinos e os cinco elementos.



Religião e Música Indiana

O Hindu Dharma (hinduísmo) na Índia é conceituado como uma filosofia da vida que esta baseada numa teosofia muito profunda e holística. Esta filosofia trata de todos os aspectos da vida humana como espiritual, social, moral, cultural, econômica, intelectual, etc.. tendo como base o karma e reencarnação e como objetivo o nirvana. Não tendo dogmas, doutrinas e mandamentos, esta filosofia deu uma grande liberdade de pensamento que por sua vez deu origem a diversas interpretações espalhadas por toda Índia, na forma de religiões e seitas. A maioria dos indianos que são hindus aceitam os princípios e disciplina originária dos vedas. Os vedas têm uma afinidade muito forte com música, por isto estabeleceu uma relação também muito forte entre religião e música.


Até hoje a Música Clássica está seguindo as tradições filosóficas milenares que é dar a cada músico a liberdade de improvisações em cima da disciplina rígida dos rágas. Essa liberdade inspirou a formação de clãs (gharanas) cada um criando seu próprio estilo, e o dever do discípulo é levar adiante o estilo do clã.


Música como lazer e divertimento

Música em principio é considerado como prece ou oração e alimento para alma. É um meio de atingir a consciência suprema. Mas nada impede a utilização deste meio para satisfazer os instintos a nível físico e serve para lazer e divertimento. Ao contrário do ocidente, a música popular e apreciada ouvindo, não em bailes e clubes de dança. A dança coletiva é reservada para festas religiosas e acontece nas ruas e praças nos ritmos de música folclórica. Nas apresentações de música clássica a sincronização entre músico e público provoca a tal concentração que todos perdem até a noção de tempo.


Música - Dança - Teatro - Cinema

Conforme a definição tradicional a música engloba o quadro vocal, instrumental e a expressão corporal que pode ser traduzida como dança e teatro. A dança clássica e popular (folclórica) tem seu próprio espaço na cultura indiana. Geralmente estas peças estão baseadas na mitologia.

A indústria cinematográfica indiana que anualmente produz aproximadamente 800 filmes quantidade igual a Hollywood, também tem grande participação em promover a música. Geralmente todos os filmes tem em média 7 canções baseados na música semi-classica e popular.


Estudo da Música

Existem escolas especializadas onde pode ser adquirido o ensinamento básico da música entre outras matérias. No nível universitário muitas universidades mantém os cursos de música. O curso de graduação geralmente dura quatro anos que da o titulo de bacharel e depois mais dois anos de estudo pode ser adquirido o titulo de mestrado. O tempo para obter o doutorado depende muito da competência de cada um.

Mas todos estes títulos e conhecimento teórico não garantem o sucesso na platéia como vocalista ou instrumentista. Para qual é necessário muita dedicação, prática e orientação e aprendizado com um competente guru.


Modalidades

A música indiana está dividida nas seguintes modalidades:

- Clássica

- Semi-clássica

- Devocional

- Folclórica

- Popular


Música Clássica Tradicional nos tempos atuais

A Música Tradicional Clássica Indiana possui um amplo espaço no cotidiano. A música popular ocidental não tem profunda penetração na Cultura Indiana. Como prova disso não existe nenhuma emissora, tanto de rádio como de televisão, que a transmita.

O que acontece na verdade, é uma fusão no sentido de adaptação instrumental, como exemplo: a guitarra, o sintetizador, o piano, etc.


www.indiaconsulate.org.br

Kalama Sutra

Há uma estória indiana de um homem que era um ateu e agnóstico, um raríssimo tipo de postura na Índia. Ele era uma pessoa que desejava livrar-se de todas as formas de ritos religiosos, deixando apenas a essência da direta experiência da Verdade. Ele atraiu discípulos que costumavam se reunir a seu redor toda semana, quando ele falava a todos sobre seus princípios. Após algum tempo eles começaram a se juntar antes do mestre aparecer, porque eles gostavam de estar em grupo e cantar juntos.
Eventualmente foi construída uma casa para as reuniões, com uma sala especial para o mestre agnóstico. Após sua morte, tornou-se uma prática entre seus seguidores fazer uma reverência respeitosa para a agora sala vazia, antes de se entrar no salão. Em uma mesa especial a imagem do mestre era mostrada em uma moldura de ouro, e as pessoas deixavam flores e incenso lá, em respeito ao mestre.
Em poucos anos uma religião tinha crescido em torno daquele homem, que em vida não praticava nada disso, e que, ao contrário, sempre disse aos seus seguidores que ficar preso a estas práticas levava freqüentemente a pessoa a se iludir no caminho da Verdade.


“Tenhais confiança não no mestre, mas no ensinamento.
Tenhais confiança não no ensinamento, mas no espírito das palavras.
Tenhais confiança não na teoria, mas na experiência.
Não creiais em algo simplesmente porque vós ouvistes.
Não creiais nas tradições simplesmente porque elas têm sido mantidas de geração para geração.
Não creiais em algo simplesmente porque foi falado e comentado por muitos.
Não creiais em algo simplesmente porque está escrito em livros sagrados; não creiais no que imaginais, pensando que um Deus vos inspirou.
Não creiais em algo meramente baseado na autoridade de seus mestres e anciãos.
Mas após contemplação e reflexão, quando vós percebeis que algo é conforme ao que é razoável e leva ao que é bom e benéfico tanto para vós quanto para os outros, então o aceiteis e façais disto a base de sua vida.”


Gautama Buddha

sábado, 5 de janeiro de 2008

HARINAMA

Não descansava enquanto não terminasse esse dever de casa.
Conforme prometido, as fotos e o vídeo do Harinama do dia 31.

Obrigado a Michelle pelas fotos.


VIDEOS:
Harinama(1) no Centro Histórico de Paraty em 31/12/07
Harinama(2) no Centro Histórico de Paraty em 31/12/07







Todas as reverências a Maharaja Purushatraya.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

GOURA VRINDAVANA (4)

Hare Krishna!

Todas as glórias a Srila Prabhupada!

Esta é a ultima sessão da iniciação e da instalação.


Mais uma de ANANTA SESHA




A convidada especial


Na sequencia postarei mais fotos agora do Harinama em Paraty.


OBS:
As fotos foram feitas por michellecastilho@gmail.com
Permitida a reprodução desde que citada a autora.

GOURA VRINDAVANA (3)


Srila Prabhupada Ki!



Maharaja Purushatraya Ki!


Alguns dos iniciados e bhajan.


Instalação de ANANTA SESHA

GOURA VRINDAVANA (2)





GOURA VRINDAVANA (1)

Dia 30 de Dezembro de 2007 aconteceu um evento muito especial na Fazenda auto-sustentável GOURA VRINDAVANA DHAMA em Graúna/Paraty-RJ.

Esta comunidade mantida pelos hare krishna está implementando a solidificação de um templo de adoração em seu terreno e nesta data foi instalada a Deidade ANANTA SESHA* (brevemente video no youtube) e bhaktas foram iniciados recebendo nomes espirituais e se rendendo humildemente ao mestre espiritual (Purushatraya Swami Maharaja).

Nesta e nas próximas postagens colocarei algumas fotos feitas por Michelle Castilho.

Preparação final da arena pelos secerdotes:








* a_simbologia_da_serpente

Na mitologia hindu, encontramos concepção cosmogônica semelhante. O tantrismo prega que entre cada um dos ciclos de vida e morte do universo há um período de repouso durante o qual Vishnu, o princípio conservador de Brahma, repousa sobre Ananta, a serpente da eternidade. Nessa condição atemporal, Shiva, o princípio desorganizador de Brahma, está imiscuído de modo indiferenciado em seu próprio poder, Shakti. Quando Shiva inicia sua dança, o universo é então criado, e Shakti, operando agora como Prakriti (energia primordial incapturável e imperceptível da qual todas as formas de vida evoluem) desenvolve todo o universo desde os tattva (mundos) mais sutis até os mais densos, até criar a mente, os sentidos e a matéria sensível sob suas cinco formas, éter, água, fogo, terra e ar. Quando Shakti penetra no último e mais grosseiro dos tattva, a “terra” (a matéria sólida), sua missão está acabada. Shakti aí adormece sob a forma de Shesha, a serpente que sustenta o mundo, até a próxima era da nova Criação. Shesha nada mais é que um correlato da serpente cósmica Ananta, o infinito, e sua função é a de suportar o orbe e tudo o que nele se manifeste. Shesha e Ananta compõem, respectivamente, o sono divino e o divino despertar de Brahma.