Materializadas em bits toxinas neurais trazidas pelos ventos daquilo que simplesmente é. Isto é nada se não for para o Todo.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Sarasvati
Nos Vedas, suas características e atributos são associados com o poderoso rio Sarasvati. Ela é o mais antigo exemplo de uma deusa associada a um rio na tradição indiana.
Numa literatura védica posterior, ela é a deusa da palavra, conhecida como Vak.
Como a incorporação da palavra, Sarasvati está presente em qualquer lugar em que a palavra exista. E por isso ela é associada com o melhor da cultura humana: poesia, literatura, rituais sagrados, e comunicação entre indivíduos.
Ela é sempre representada com uma beleza extrema, pele clara, com quatro braços, sempre jovem e graciosa. Ela está sentada em uma lótus, acompanhada de seu cisne, e carrega um alaúde (Veena) descansando em seu seio. Em suas mãos ela leva um rosário, um livro, e um pote de água. O livro a associa com as ciências e aprendizado no geral. O alaúde liga-a às artes, principalmente música, e o rosário e o pote de água a associam com as ciências espirituais e ritos religiosos. Ela está vestida de branco e azul, uma reminiscência de sua forma como rio.
As lendas dizem que ela brotou da testa de seu pai, Brahma, assim como a deusa grega Atena, que nasceu da cabeça de seu pai, Zeus. Brahma desejou-a assim que olhou para essa linda mulher, mesmo ela sendo sua filha. Sarasvati não gostou das atenções amorosas desse velho deus e continuou se movendo, mas para qualquer lugar que fosse, Brahma fazia crescer uma cabeça em sua direção para vê-la melhor. Dessa maneira, Brahma ficou com quatro faces nos quatro lados de seu pescoço e até uma cabeça no topo das quatro, para que ela não pudesse escapar movendo-se para cima. Mas Sarasvati continuou iludindo-o.
A capacidade de recordar sem raiva ou ressentimento é o maior presente de Sarasvati a seus filhos: escritores, músicos e criadores de várias formas de arte. Todos eles lutaram com a tradição, mas sua luta foi racional, não emocional. Sem se cortar o cordão umbilical, nenhum novo início inovativo pode ser feito, seja criando ou procriando. Essa é a mensagem de Sarasvati.
(Esse texto é uma versão de 'Lakshmi and Saraswati - Tales in Mythology and Art', escrito por Nitin Kumar e publicado em dezembro de 2000)
Editado do sítio: http://aguapotavel.blogspot.com
http://pt.wikipedia.org
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