Animal é considerado sagrado pelos hindus, que acreditam nas propriedades terapêuticas de sua urina.
A organização hindu Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) anunciou que pretende lançar na Índia um refresco à base de urina de vaca para promover as propriedades terapêuticas da substância e competir com refrigerantes internacionais.
A vaca é considerada um animal sagrado para os hindus e seu abate é proibido em várias regiões da Índia. A RSS não apenas promove a defesa ao animal, mas também faz campanha para "limpar" a Índia de influência estrangeira e promover o hinduísmo.
Segundo o jornal Indian Express, que teria entrevistado o responsável pelo projeto, Om Prakash, o refresco já está sendo testado em laboratórios e poderia chegar ao mercado ainda neste ano.
Prakash, que é chefe do Departamento de Proteção às Vacas do RSS, disse que o grupo se refere à urina de vaca como "água de vaca" e que o líquido "tem imenso potencial para curar várias doenças".
"Não se preocupe, não vai cheirar a urina e vai ser gostoso", disse ele ao jornal britânico The Times.
"Sua principal particularidade é que vai ser muito saudável. Não vai ser como os refrigerantes gasosos e não vai conter nenhuma toxina."
Uma vez que os testes tiverem resultados positivos, disse Prakash, o departamento vai pensar na embalagem, preservação e campanha de marketing.
"Vai ser uma revolução. A aceitação da urina de vaca como um remédio potente aumenta cada dia e, uma vez que se tornar um refresco, sua demanda vai, definitivamente, aumentar."
Além da urina, as fezes de vaca são usadas em "rituais purificadores" na Índia e também como combustível e desinfetante em vilarejos.
Prakash está envolvido ativamente na proteção e promoção da urina de vaca há quatro décadas e cita outros produtos como pasta de dente, xampu, sabonete e loção de barbear até bálsamos, biscoitos e incensos feitos de urina e fezes de vacas.
Desde 2001, diz o jornal britânico The Times, o RSS e seus parceiros promovem a urina de vaca como cura para doenças que variam de obesidade até câncer.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário