terça-feira, 16 de março de 2004

O Dia Foda

O pior dia do ano, quiçá o pior da minha vida, em termos de acontecimentos desagradáveis consecutivos:


1

Trabalho no setor de cobrança de uma universidade particular. Logo pela manhã, ao chegar no trampo, sem ao menos ligar todos os computadores, já tinham duas pessoas pra eu atender. Tudo bem! Mas já sabia que o dia prometia.

Ás nove e meia, mais ou menos, entra uma mulher dizendo que quer resolver algo sobre uns cheques e está com pressa. Quando vejo o que é, digo que leva, no minimo, uns dez minutos para resolver. Enfesada, nem deixa eu continuar. Liga para o marido, diz que vai ter que colocar no DECON e que vai chamar a Globo. Tira a pasta com os comprovantes de depósito das minhas mãos e vai embora. Desenrola o circo. Começa a gritar - mais ainda - na secretaria para chamar atenção e o marido chega. Neste momento eu estava no telefone tentando resolver e só faltou eu apanhar do marido dela, que chegou soltando fogo pelas ventas e me acusando de debochado porque eu não me lembrava do histórico do assunto como eles.
Eles estão com a razão desde o momento que pagaram os cheques que, não sendo baixados no sistema, não podiam ainda ser devolvidos a eles. Erraram quando jogaram toda sua raiva pela instituição em mim, me chamando de merda e ameaçando me bater- o marido - , mas cachorro que ladra não morde. A Carla, que trabalha comigo assumiu e eu passei a atender uma senhora que ela atendia.

Foi eu quem os atendi em novembro. Naquela época em que ela trouxe o deposito já armou o maior barraco porque não queria que eu ficasse com o comprovante para dar baixa mesmo dizendo que daria um outro autenticado para ela. Eu deveria ter averiguado se a baixa foi feita e não o fiz. Isso pode até me custar o emprego (uma ex- funcionária foi mandada embora por causa disso). Advogado é foda, doente por seus direitos, agride os outros e gosta de aparecer muito mais que qualquer ator.
A história continua pois ainda têm dois cheques pendentes.
Da próxima vez que ela vier terei que sair de fininho.


2

O computador que comprei há mais de um mês está preso pela policia federal. Na loja em que o deixei para ver a placa de som, duas semanas depois da compra. Sustei os cheques da financeira eles que são brancos que se entendam.

O dono da loja de computação me prometeu entregar a maquina na sexta feira passada. Liguei na sexta e me prometeu para hoje. Liguei hoje e ele disse que está dependendo do delegado. Ou seja, não tem previsão (nunca teve).
Nem posso dar continuidade ao meu projeto em casa pois a minha camera - comprada no mercado livre de um cara que sumiu do mapa - também está fudida.


3

(Essa foi resolvida, mas é uma novela também): estive à beira de ficar de fora de um projeto em pelicula da faculdade por ter um projeto meu pendente: o documentário 'Os Modos da Natureza'.
Vou ter que editar o meu em casa para poder assinar como desenhista de som nesse outro e não ter perdido tempo. i. e., quando tiver o pc e a mini dv de volta.


edp em 16/03/04 as 17:39