Materializadas em bits toxinas neurais trazidas pelos ventos daquilo que simplesmente é. Isto é nada se não for para o Todo.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
A Casa de Sandro
Documentário recém-lançado no Festival de Tiradentes que acompanha Sandro Donatello durante 80 minutos de pura fotografia, poesia e sons.
O filme é para pessoas iniciadas em Godard e Tarkovski, fora os mais sinistros que sei o diretor Gustavo Beck também admira.
Posso dizer que o motivo inicial para a realização desse filme é o penúltimo plano/cena/sequência (como preferir), ou seja, o fechamento de uma associação iniciada com a produção da tela pintada pelo personagem do primeiro curta do diretor (Hera, 2005).
Eu tive a honra de registrar o som direto do filme. Quando chegou o DAT aí é que eu finalmente saí gravando tudo o que achava ao redor dA Casa de Sandro: de insetos aos cachorros do vizinho, de goteiras ao riacho do terreno, de passaros ao gado visitante, vento, chuva, ambientes da casa, móveis, dia, noite, madrugada...
Não pude estar todo o tempo onde a camera estava por conta dos horários puxados de gravação (que iam de 5am até 21pm) e pelo improviso na escolha do material (quando via já estavam gravando).
Muita coisa foi captada só com o microfone imbutido. Como a proposta era ser o menos 'agressivo' possível na abordagem, várias vezes eu posicionava o mic e saía para dar mais liberdade a equipe de fotografia e ao personagem.
Agradeço ao Renna pelo elogio no dia do debate (eu não tinha nada a acrescentar ali além do que já era exposto por Beck e Sandro e passei a fala do som para o finalizador deste). Infelizmente não pude estar na finalização por não rolar verba da produtora para tal (o custo saiu do bolso do Gustavo e eu não tinha $ pra ir pra sampa).
A projeção no Cine-Tenda em Tiradentes ficou aquém do esperado pois o som 5.1 saiu em 2.0 - isso vai ser problema recorrente em mostras nacionais.
Não há que se negar boa parte da platéia saiu antes do fim, mas isso não quer dizer nada senão que o público está por demais acostumado com a linguagem televisiva e filmes blockbuster que enchem prateleiras.
Bem, agora é esperar novas projeções e opiniões desse público distinto: o que vê TV demais e o que fala deveras difícil, sô!...
Aqui disponibilizo algumas críticas que achei no pai-dos-internautas:
http://www.adnews.com.br/cultura
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http://www.revistamoviola.com
por Paulo Ricardo de Almeida
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in loco - mostra de tiradentes 2009/Quarto dia: O esvaziamento do afeto
por Fábio Andrade
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http://www.pilulapop.com.br/F de Fuga
por Daniel
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