quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

ATO PÚBLICO EM DEFESA DOS MORADORES DA ALDEIA IMBUHY

DATA: 18 DE JANEIRO (DOMINGO)

LOCAL: CAMPO DE SÃO BENTO - ICARAI (Entrada da Av. Roberto Silveira)

HORA: 10:00



http://defesadaaldeiaimbuhy.blogspot.com/


Todo apoio à luta dos moradores da Aldeia Imbuhy!



Os moradores da Aldeia Imbuhy, situada nas proximidades da fortaleza militar que leva o mesmo nome, vivem em clima de guerra com o Exército desde 1995. O motivo? Uma ação de reintegração de posse impetrada na Justiça pelos militares, que desejam expulsar do local, famílias que lá vivem há décadas. Trata-se de uma comunidade tradicional que corre o risco de ser desalojada pelo Exército sob o pretexto de que sua presença no interior da área da fortaleza militar constituiria "ameaça à segurança nacional". Vale registrar que os militares realizam uma série de eventos no Forte: réveillon, happy hour, churrascos, rodeios e festas em geral. Tudo sempre com muita bebida alcoólica, é claro. É curioso observar como, na concepção do Exército brasileiro, a presença de milhares de pessoas estranhas no interior do Forte em eventos como esses não parece constituir ameaça à segurança nacional. Enquanto isso, 32 famílias que lá vivem há mais de um século, desde 1889, quando lá foi bordada a primeira bandeira do Brasil por uma moradora da comunidade, são vistas como um grande perigo que precisa ser eliminado "pelo bem da pátria".

Como se não bastasse a ação de reintegração de posse, a própria convivência dos aldeões com o Exército há muito tempo os expõe a muitas arbitrariedades e constrangimentos. Em conseqüência disso, das 800 famílias que originalmente habitavam o local, restam hoje apenas 32. Atualmente, a pesca, que durante décadas foi a atividade responsável pelo sustento de boa parte dos moradores, quase não é mais praticada. Isto porque os militares passaram a restringir o horário para a pesca, além de proibirem a entrada de caminhões pesqueiros no Forte. Também não faltam denúncias de omissão de socorro e abuso de autoridade por parte dos militares.

Agora, em função da reintegração de posse, os moradores da aldeia têm menos de 50 dias para deixar o local. Em um regime dito democrático, o Poder Executivo Federal tem poderes sobre o Exército. No entanto, o Governo Lula não toma nenhuma atitude em defesa dos moradores e, pelo contrário, se omite e se recusa a recebê-los. Tanto o Poder Executivo quanto o Poder Judiciário devem fazer justiça e se posicionar definitivamente pela permanência da comunidade.

Neste momento tão delicado, é importante que ofereçamos nosso apoio aos moradores da Aldeia Imbuhy, que estão prestes a serem desalojados do local que sempre preservaram e vivem há mais de um século.



- Entre na comunidade do orkut: Em defesa da Aldeia Imbuhy



APÓIAM A PERMANENCIA DA ALDEIA IMBUHY:



Associação dos Sitiantes Tradicionais da Serra da Tiririca (ASSET), Associação da Comunidade Tradicional do Engenho do Mato (ACOTEM), Associação Livre dos Pescadores e Amigos da Praia de Itaipu (ALPAPI), Associação da Comunidade Tradicional do Morro das Andorinhas (ACOTMA), Associação da Comunidade Tradicional do Morro da Peça/Duna Grande (ACODUNA), Centro de Etno-conhecimento Sócio-cultural e Ambiental Cauieré (CESAC), Conselho Comunitário da Orla da Baía de Niterói (CCOB), Associação Socialista (AS), Associação Brasil Mestiço, Assembléia Permanente das Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDEMA), Movimento de Resistência Ecológica (MORE), Associação dos Moradores da Ladeira Ary Parreiras/Cutia, Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), Associação de Moradores e Amigos das Ruas Dona Emilia e Urubatan (AMADEU), Associação de Moradores e Amigos das Ruas Tamoios e Tupis (AMARTT), Associação de Moradores e Amigos de Boa Viagem (AMABV), Associação de Moradores e Amigos de Icarai (AMAI), Associação Niteroiense de Ambulante e Portadores de Deficiência (ANAPDEF), Federação das Associações de Moradores de Niterói (FAMNIT), Mandato do Vereador Renatinho, Partido Socialismo e Liberdade (PSOL);


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