Materializadas em bits toxinas neurais trazidas pelos ventos daquilo que simplesmente é. Isto é nada se não for para o Todo.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Estréia da campanha de gado no FSM
O campaigner do Greenpeace André Muggiati lançou a campanha de gado hoje em um dos seminários do Fórum Social Mundial. Com a sala lotada os visitantes (que se acomodaram até no chão) puderam ver uma série de mapas que cruzavam informações da ocupação da pecuária em áreas onde a floresta amazônica foi desmatada. Frigoríficos e desmatamento e estradas e ocupação de rebanho foram alguns dos dados do Relatório O Rastro da Pecuária na Amazônia.
Sem pregar o vegetarianismo (cada um com a sua opção de dieta) é bom refletir sobre alguns dados chocantes antes de pedir o seu próximo filé:
* Aproximadamente 80% das áreas desmatadas na Amazônia são ocupadas por gado.
* Das 20.5 milhões de cabeças de gado (adicionadas ao rebanho entre 2002 e 2006), 14.5 milhões encontram-se na Amazônia.
* Para cada 1kg de carne que chega à sua alimentação, são emitidos 13 kg de CO2 equivalentes - ou seja, comer 1kg emite o mesmo tanto de CO2 do que uma viagem de avião de 100km (cota por pessoa).
Simplificando:
Para a criação de gado, a Amazônia é desmatada.
O desmatamento é respondável por 75% dos gases de efeito estufa emitidos pelo Brasil.
Os gases de efeito estufa (CO2) são responsáveis pelo aquecimento global.
O Brasil é o quarto maior emissor de CO2 do mundo.
Logo, a carne que você come ajuda a esquentar nosso planeta.
E o que você pode fazer a respeito?
- Tente diminuir a quantidade de carne da sua dieta;
- Exija os selos de origem da carne que você consome;
- Adote um estilo de vida mais sustentável (veja algumas dicas aqui) reduzindo suas emissões de CO2;
- Junte-se ao Greenpeace e cobre do governo Lula um bom desempenho na COP, assinando a nossa petição.
DESMATAMENTO ZERO.
É AGORA OU AGORA
http://www.greenblog.org.br
...
Marcha rumo ao Fórum
“Boi, boi, boi;
Boi da cara preta;
Sai da Amazônia pra salvar nosso planeta.”
“Não é mole não;
Pra Amazônia;
O boi só traz destruição.”
“Não tem mais tempo, chegou a hora;
Salvar o clima;
É agora ou agora”
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A Casa de Sandro
Documentário recém-lançado no Festival de Tiradentes que acompanha Sandro Donatello durante 80 minutos de pura fotografia, poesia e sons.
O filme é para pessoas iniciadas em Godard e Tarkovski, fora os mais sinistros que sei o diretor Gustavo Beck também admira.
Posso dizer que o motivo inicial para a realização desse filme é o penúltimo plano/cena/sequência (como preferir), ou seja, o fechamento de uma associação iniciada com a produção da tela pintada pelo personagem do primeiro curta do diretor (Hera, 2005).
Eu tive a honra de registrar o som direto do filme. Quando chegou o DAT aí é que eu finalmente saí gravando tudo o que achava ao redor dA Casa de Sandro: de insetos aos cachorros do vizinho, de goteiras ao riacho do terreno, de passaros ao gado visitante, vento, chuva, ambientes da casa, móveis, dia, noite, madrugada...
Não pude estar todo o tempo onde a camera estava por conta dos horários puxados de gravação (que iam de 5am até 21pm) e pelo improviso na escolha do material (quando via já estavam gravando).
Muita coisa foi captada só com o microfone imbutido. Como a proposta era ser o menos 'agressivo' possível na abordagem, várias vezes eu posicionava o mic e saía para dar mais liberdade a equipe de fotografia e ao personagem.
Agradeço ao Renna pelo elogio no dia do debate (eu não tinha nada a acrescentar ali além do que já era exposto por Beck e Sandro e passei a fala do som para o finalizador deste). Infelizmente não pude estar na finalização por não rolar verba da produtora para tal (o custo saiu do bolso do Gustavo e eu não tinha $ pra ir pra sampa).
A projeção no Cine-Tenda em Tiradentes ficou aquém do esperado pois o som 5.1 saiu em 2.0 - isso vai ser problema recorrente em mostras nacionais.
Não há que se negar boa parte da platéia saiu antes do fim, mas isso não quer dizer nada senão que o público está por demais acostumado com a linguagem televisiva e filmes blockbuster que enchem prateleiras.
Bem, agora é esperar novas projeções e opiniões desse público distinto: o que vê TV demais e o que fala deveras difícil, sô!...
Aqui disponibilizo algumas críticas que achei no pai-dos-internautas:
http://www.adnews.com.br/cultura
...
http://www.revistamoviola.com
por Paulo Ricardo de Almeida
...
in loco - mostra de tiradentes 2009/Quarto dia: O esvaziamento do afeto
por Fábio Andrade
...
http://www.pilulapop.com.br/F de Fuga
por Daniel
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Criada Comissão Indígena de Niterói
Os índios Guarani da região de Camboinhas, em Niterói, ganharam uma instância de representação para defender os seus direitos. O Conselho Comunitário da Orla da Baia de Niterói – CCOB realizou uma Assembléia, constituindo a Comissão Indígena de Niterói (CIN), no último dia 22 de janeiro. O CCOB tem importante atuação na cidade, sobretudo em questões ligadas ao meio ambiente.
A Comissão Indígena de Niterói será presidida pelo cacique Darci Nunes de Oliveira, tendo como vice-presidente José Ribamar Bessa Freire. Também compõem a executiva Renata Bessa Berganini, Arlindo Carvalho Souza Filho, a atriz Priscila Camargo e Roberta Sertã. A CIN também contará com o apoio de vários colaboradores, dentre eles o vereador Renatinho.
A presença dos Guarani na região, que já foi cemitério indígena, está atraindo estudantes e moradores de Niterói e do Rio, interessados em conhecer um pouco da cultura indígena. Mas a Aldeia vive sob constante ameaça, por causa dos interesses imobiliários. Camboinhas é uma das mais belas praias da Região Oceânica de Niterói.
Recentemente, o jornal O Globo publicou uma declaração do ministro Carlos Minc que não corresponde à verdade. O ministro teria declarado que ": "Os índios acordaram com a FUNAI em sair de Camboinhas". Os Guarani não pretendem abandonar nem deslocar a Aldeia, onde se instalaram antes da ampliação do Parque da Serra da Tiririca. Circulam rumores de que a intenção do governo municipal – e nisso contaria com o apoio do Ministro do Meio Ambiente – é retirar os índios para, em lugar da Aldeia, construir um museu.
Se os rumores têm fundamento, antes que se confirmem, a CCOB rebate, afirmando que "a Aldeia é um museu vivo da cultura Guarani". Pelo visto, a Comissão Indígena de Niterói terá muito trabalho pela frente.
www.apn.org.br
É permitida (e recomendada) a reprodução desta matéria, desde que citada a fonte.
---
Link externo:
Saneamento básico na Aldeia Guarani - Camboinhas - Niteroi/RJ
A Comissão Indígena de Niterói será presidida pelo cacique Darci Nunes de Oliveira, tendo como vice-presidente José Ribamar Bessa Freire. Também compõem a executiva Renata Bessa Berganini, Arlindo Carvalho Souza Filho, a atriz Priscila Camargo e Roberta Sertã. A CIN também contará com o apoio de vários colaboradores, dentre eles o vereador Renatinho.
A presença dos Guarani na região, que já foi cemitério indígena, está atraindo estudantes e moradores de Niterói e do Rio, interessados em conhecer um pouco da cultura indígena. Mas a Aldeia vive sob constante ameaça, por causa dos interesses imobiliários. Camboinhas é uma das mais belas praias da Região Oceânica de Niterói.
Recentemente, o jornal O Globo publicou uma declaração do ministro Carlos Minc que não corresponde à verdade. O ministro teria declarado que ": "Os índios acordaram com a FUNAI em sair de Camboinhas". Os Guarani não pretendem abandonar nem deslocar a Aldeia, onde se instalaram antes da ampliação do Parque da Serra da Tiririca. Circulam rumores de que a intenção do governo municipal – e nisso contaria com o apoio do Ministro do Meio Ambiente – é retirar os índios para, em lugar da Aldeia, construir um museu.
Se os rumores têm fundamento, antes que se confirmem, a CCOB rebate, afirmando que "a Aldeia é um museu vivo da cultura Guarani". Pelo visto, a Comissão Indígena de Niterói terá muito trabalho pela frente.
www.apn.org.br
É permitida (e recomendada) a reprodução desta matéria, desde que citada a fonte.
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Link externo:
Saneamento básico na Aldeia Guarani - Camboinhas - Niteroi/RJ
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Dicas para você fazer sua parte em casa e salvar o planeta
Algumas coisas são básicas, pra não dizer óbvias, mas não custa repetir sempre.
Seguem algumas dicas para você fazer sua parte em casa e salvar o planeta:
Calçada não se lava, se varre. Se for realmente necessário, use um balde, de preferência com a água reaproveitada da máquina de lavar ou da banheira.
Instale a geladeira ou freezer em locais ventilados, longe do fogão.
Procure não utilizar o ar condicionado no máximo e, sempre que o aparelho estiver ligado, feche as portas e janelas do local.
Acumule várias peças de roupas para passar todas de uma vez e evite usar o ferro quando outros aparelhos elétricos estiverem ligados.
Regule seu chuveiro para a posição verão. Evite tomar banho demorados e entre 18h e 24h.
Para iluminar a casa use, de preferência à luz do sol. Troque suas lâmpadas normais por fluorescentes e apague-as onde não tiver ninguém.
Regule as torneiras da sua casa. O pinga-pinga pode causar um vazamento de 46 litros de água em um dia.
Escove os dentes com a torneira fechada. Essa é uma forma simples e eficiente de economizar água.
Não compre móveis nem madeira que não tenham o selo FSC. Ele é a garantia de que a madeira não veio do desmatamento de florestas.
Participe de manifestações e assine petições como a nossa, clique aqui e cobre do governo brasileiro um bom desempenho em Copenhagen.
mude o clima na sua casa
fonte:
www.greenblog.org.br
Seguem algumas dicas para você fazer sua parte em casa e salvar o planeta:
Calçada não se lava, se varre. Se for realmente necessário, use um balde, de preferência com a água reaproveitada da máquina de lavar ou da banheira.
Instale a geladeira ou freezer em locais ventilados, longe do fogão.
Procure não utilizar o ar condicionado no máximo e, sempre que o aparelho estiver ligado, feche as portas e janelas do local.
Acumule várias peças de roupas para passar todas de uma vez e evite usar o ferro quando outros aparelhos elétricos estiverem ligados.
Regule seu chuveiro para a posição verão. Evite tomar banho demorados e entre 18h e 24h.
Para iluminar a casa use, de preferência à luz do sol. Troque suas lâmpadas normais por fluorescentes e apague-as onde não tiver ninguém.
Regule as torneiras da sua casa. O pinga-pinga pode causar um vazamento de 46 litros de água em um dia.
Escove os dentes com a torneira fechada. Essa é uma forma simples e eficiente de economizar água.
Não compre móveis nem madeira que não tenham o selo FSC. Ele é a garantia de que a madeira não veio do desmatamento de florestas.
Participe de manifestações e assine petições como a nossa, clique aqui e cobre do governo brasileiro um bom desempenho em Copenhagen.
fonte:
www.greenblog.org.br
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
ATO PÚBLICO EM DEFESA DOS MORADORES DA ALDEIA IMBUHY
DATA: 18 DE JANEIRO (DOMINGO)
LOCAL: CAMPO DE SÃO BENTO - ICARAI (Entrada da Av. Roberto Silveira)
HORA: 10:00
http://defesadaaldeiaimbuhy.blogspot.com/
Todo apoio à luta dos moradores da Aldeia Imbuhy!
Os moradores da Aldeia Imbuhy, situada nas proximidades da fortaleza militar que leva o mesmo nome, vivem em clima de guerra com o Exército desde 1995. O motivo? Uma ação de reintegração de posse impetrada na Justiça pelos militares, que desejam expulsar do local, famílias que lá vivem há décadas. Trata-se de uma comunidade tradicional que corre o risco de ser desalojada pelo Exército sob o pretexto de que sua presença no interior da área da fortaleza militar constituiria "ameaça à segurança nacional". Vale registrar que os militares realizam uma série de eventos no Forte: réveillon, happy hour, churrascos, rodeios e festas em geral. Tudo sempre com muita bebida alcoólica, é claro. É curioso observar como, na concepção do Exército brasileiro, a presença de milhares de pessoas estranhas no interior do Forte em eventos como esses não parece constituir ameaça à segurança nacional. Enquanto isso, 32 famílias que lá vivem há mais de um século, desde 1889, quando lá foi bordada a primeira bandeira do Brasil por uma moradora da comunidade, são vistas como um grande perigo que precisa ser eliminado "pelo bem da pátria".
Como se não bastasse a ação de reintegração de posse, a própria convivência dos aldeões com o Exército há muito tempo os expõe a muitas arbitrariedades e constrangimentos. Em conseqüência disso, das 800 famílias que originalmente habitavam o local, restam hoje apenas 32. Atualmente, a pesca, que durante décadas foi a atividade responsável pelo sustento de boa parte dos moradores, quase não é mais praticada. Isto porque os militares passaram a restringir o horário para a pesca, além de proibirem a entrada de caminhões pesqueiros no Forte. Também não faltam denúncias de omissão de socorro e abuso de autoridade por parte dos militares.
Agora, em função da reintegração de posse, os moradores da aldeia têm menos de 50 dias para deixar o local. Em um regime dito democrático, o Poder Executivo Federal tem poderes sobre o Exército. No entanto, o Governo Lula não toma nenhuma atitude em defesa dos moradores e, pelo contrário, se omite e se recusa a recebê-los. Tanto o Poder Executivo quanto o Poder Judiciário devem fazer justiça e se posicionar definitivamente pela permanência da comunidade.
Neste momento tão delicado, é importante que ofereçamos nosso apoio aos moradores da Aldeia Imbuhy, que estão prestes a serem desalojados do local que sempre preservaram e vivem há mais de um século.
- Entre na comunidade do orkut: Em defesa da Aldeia Imbuhy
APÓIAM A PERMANENCIA DA ALDEIA IMBUHY:
Associação dos Sitiantes Tradicionais da Serra da Tiririca (ASSET), Associação da Comunidade Tradicional do Engenho do Mato (ACOTEM), Associação Livre dos Pescadores e Amigos da Praia de Itaipu (ALPAPI), Associação da Comunidade Tradicional do Morro das Andorinhas (ACOTMA), Associação da Comunidade Tradicional do Morro da Peça/Duna Grande (ACODUNA), Centro de Etno-conhecimento Sócio-cultural e Ambiental Cauieré (CESAC), Conselho Comunitário da Orla da Baía de Niterói (CCOB), Associação Socialista (AS), Associação Brasil Mestiço, Assembléia Permanente das Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDEMA), Movimento de Resistência Ecológica (MORE), Associação dos Moradores da Ladeira Ary Parreiras/Cutia, Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), Associação de Moradores e Amigos das Ruas Dona Emilia e Urubatan (AMADEU), Associação de Moradores e Amigos das Ruas Tamoios e Tupis (AMARTT), Associação de Moradores e Amigos de Boa Viagem (AMABV), Associação de Moradores e Amigos de Icarai (AMAI), Associação Niteroiense de Ambulante e Portadores de Deficiência (ANAPDEF), Federação das Associações de Moradores de Niterói (FAMNIT), Mandato do Vereador Renatinho, Partido Socialismo e Liberdade (PSOL);
LOCAL: CAMPO DE SÃO BENTO - ICARAI (Entrada da Av. Roberto Silveira)
HORA: 10:00
http://defesadaaldeiaimbuhy.blogspot.com/
Todo apoio à luta dos moradores da Aldeia Imbuhy!
Os moradores da Aldeia Imbuhy, situada nas proximidades da fortaleza militar que leva o mesmo nome, vivem em clima de guerra com o Exército desde 1995. O motivo? Uma ação de reintegração de posse impetrada na Justiça pelos militares, que desejam expulsar do local, famílias que lá vivem há décadas. Trata-se de uma comunidade tradicional que corre o risco de ser desalojada pelo Exército sob o pretexto de que sua presença no interior da área da fortaleza militar constituiria "ameaça à segurança nacional". Vale registrar que os militares realizam uma série de eventos no Forte: réveillon, happy hour, churrascos, rodeios e festas em geral. Tudo sempre com muita bebida alcoólica, é claro. É curioso observar como, na concepção do Exército brasileiro, a presença de milhares de pessoas estranhas no interior do Forte em eventos como esses não parece constituir ameaça à segurança nacional. Enquanto isso, 32 famílias que lá vivem há mais de um século, desde 1889, quando lá foi bordada a primeira bandeira do Brasil por uma moradora da comunidade, são vistas como um grande perigo que precisa ser eliminado "pelo bem da pátria".
Como se não bastasse a ação de reintegração de posse, a própria convivência dos aldeões com o Exército há muito tempo os expõe a muitas arbitrariedades e constrangimentos. Em conseqüência disso, das 800 famílias que originalmente habitavam o local, restam hoje apenas 32. Atualmente, a pesca, que durante décadas foi a atividade responsável pelo sustento de boa parte dos moradores, quase não é mais praticada. Isto porque os militares passaram a restringir o horário para a pesca, além de proibirem a entrada de caminhões pesqueiros no Forte. Também não faltam denúncias de omissão de socorro e abuso de autoridade por parte dos militares.
Agora, em função da reintegração de posse, os moradores da aldeia têm menos de 50 dias para deixar o local. Em um regime dito democrático, o Poder Executivo Federal tem poderes sobre o Exército. No entanto, o Governo Lula não toma nenhuma atitude em defesa dos moradores e, pelo contrário, se omite e se recusa a recebê-los. Tanto o Poder Executivo quanto o Poder Judiciário devem fazer justiça e se posicionar definitivamente pela permanência da comunidade.
Neste momento tão delicado, é importante que ofereçamos nosso apoio aos moradores da Aldeia Imbuhy, que estão prestes a serem desalojados do local que sempre preservaram e vivem há mais de um século.
- Entre na comunidade do orkut: Em defesa da Aldeia Imbuhy
APÓIAM A PERMANENCIA DA ALDEIA IMBUHY:
Associação dos Sitiantes Tradicionais da Serra da Tiririca (ASSET), Associação da Comunidade Tradicional do Engenho do Mato (ACOTEM), Associação Livre dos Pescadores e Amigos da Praia de Itaipu (ALPAPI), Associação da Comunidade Tradicional do Morro das Andorinhas (ACOTMA), Associação da Comunidade Tradicional do Morro da Peça/Duna Grande (ACODUNA), Centro de Etno-conhecimento Sócio-cultural e Ambiental Cauieré (CESAC), Conselho Comunitário da Orla da Baía de Niterói (CCOB), Associação Socialista (AS), Associação Brasil Mestiço, Assembléia Permanente das Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDEMA), Movimento de Resistência Ecológica (MORE), Associação dos Moradores da Ladeira Ary Parreiras/Cutia, Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), Associação de Moradores e Amigos das Ruas Dona Emilia e Urubatan (AMADEU), Associação de Moradores e Amigos das Ruas Tamoios e Tupis (AMARTT), Associação de Moradores e Amigos de Boa Viagem (AMABV), Associação de Moradores e Amigos de Icarai (AMAI), Associação Niteroiense de Ambulante e Portadores de Deficiência (ANAPDEF), Federação das Associações de Moradores de Niterói (FAMNIT), Mandato do Vereador Renatinho, Partido Socialismo e Liberdade (PSOL);
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Gaza
Por José Saramago
A sigla ONU, toda a gente o sabe, significa Organização das Nações Unidas, isto é, à luz da realidade, nada ou muito pouco. Que o digam os palestinos de Gaza a quem se lhes estão esgotando os alimentos, ou que se esgotaram já, porque assim o impôs o bloqueio israelita, decidido, pelos vistos, a condenar à fome as 750 mil pessoas ali registradas como refugiados. Nem pão têm já, a farinha acabou, e o azeite, as lentilhas e o açúcar vão pelo mesmo caminho.
Desde o dia 9 de dezembro os caminhões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelita lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a covardia internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que entende, quando o entende e como o entende. Vai ao ponto de impedir a entrada de livros e instrumentos musicais como se se tratasse de produtos que iriam pôr em risco a segurança de Israel. Se o ridículo matasse não restaria de pé um único político ou um único soldado israelita, esses especialistas em crueldade, esses doutorados em desprezo que olham o mundo do alto da insolência que é a base da sua educação. Compreendemos melhor o deus bíblico quando conhecemos os seus seguidores. Jeová, ou Javé, ou como se lhe chame, é um deus rancoroso e feroz que os israelitas mantêm permanentemente atualizado.
Artigo original publicado em 22/12/2008
Fonte: O Caderno de Saramago
URL deste artigo em Tlaxcala:
www.tlaxcala.es/pp.asp?reference=6674&lg=po
...
www.viapolitica.com.br/outro_olhar
*Ilustração de Carlos Latuff
A sigla ONU, toda a gente o sabe, significa Organização das Nações Unidas, isto é, à luz da realidade, nada ou muito pouco. Que o digam os palestinos de Gaza a quem se lhes estão esgotando os alimentos, ou que se esgotaram já, porque assim o impôs o bloqueio israelita, decidido, pelos vistos, a condenar à fome as 750 mil pessoas ali registradas como refugiados. Nem pão têm já, a farinha acabou, e o azeite, as lentilhas e o açúcar vão pelo mesmo caminho.
Desde o dia 9 de dezembro os caminhões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelita lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a covardia internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que entende, quando o entende e como o entende. Vai ao ponto de impedir a entrada de livros e instrumentos musicais como se se tratasse de produtos que iriam pôr em risco a segurança de Israel. Se o ridículo matasse não restaria de pé um único político ou um único soldado israelita, esses especialistas em crueldade, esses doutorados em desprezo que olham o mundo do alto da insolência que é a base da sua educação. Compreendemos melhor o deus bíblico quando conhecemos os seus seguidores. Jeová, ou Javé, ou como se lhe chame, é um deus rancoroso e feroz que os israelitas mantêm permanentemente atualizado.
Artigo original publicado em 22/12/2008
Fonte: O Caderno de Saramago
URL deste artigo em Tlaxcala:
www.tlaxcala.es/pp.asp?reference=6674&lg=po
...
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*Ilustração de Carlos Latuff
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