o cine clube 28 de de setembro chega a sua terceira edição com mais filmes curtos. o começo da sessão, como de praxe, é um espelho do presente. lá, no dia 27, Seu Fernandes e Dona Sara mergulham entre os álbuns de fotografias do Clube. o acervo reúne centenas de imagens, desde os anos trinta. a teia de relações, o tempo e os acontecimentos vividos compõem o cenário da entrevista, que faz parte do documentário sobre o Clube 28 de Setembro.
ALMA NO OLHO, de Zózimo Bulbul, etno-ficção, é um filme que atrai pela sua forma (narrtaiva?). se a antropologia é uma conjunção ou interpretação de símbolos, podemos dizer que este curta de Zózimo Bulbul "É" a contribuição brasileira para a História Universal dos povos. O filme foi ganhador do Prêmio Troféu Humberto Mauro na
VI Jornada de Curta Metragens da Bahia em 1977.
Tanto LUZ LUXO LIXO, dirigido por Regina Tochio e Mariana de Castro, quanto OCUPAR!RESISTIR!PRODUZIR!, vídeo de Eduardo Silva, tratam da luta pelo espaço nos centros urbanos e suas relações com a especulação imobiliária e a violência. Configuram uma discusão ainda mais profunda:
a do "espaço humano". Locais: centro velho de São Paulo e do Rio, respectivamente.
E em RAPSÓDIA DO ABSURDO, a intervenção do Estado toma dimensões trágicas em duas ocupações em Goiânia. Trabalhando numa linha de filme-ensaio, o vídeo é todo montado com imagens de arquivo e tem um ritmo ao mesmo tempo sentimental e fragmentado, fruto da beleza particular e de vida de cada assentado e da brutalidade de um regime repressor.
esperamos todos lá!
grande abraço
rodrigo tangerino
11 71758161
núcleo de resgate - clube 28 de setembro
então:
o quê? cine clube 28 de setembro
quando? dia 27 de agosto - quinta feira
onde? clube 28 de setembro
rua petronilha antunes, 363
centro - jundiaí - sp
Materializadas em bits toxinas neurais trazidas pelos ventos daquilo que simplesmente é. Isto é nada se não for para o Todo.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
domingo, 16 de agosto de 2009
Maluquice no festival de gramado: Xuxa é premiada rainha do cinema
Sábado, 15 de Agosto de 2009
Noite de horror e indignação em Gramado. Alguma mente desprovida de qualquer senso
cinematográfico decidiu coroar Xuxa Meneghel como a Rainha do Cinema. É
inclusive a manchete do Diário do Festival, que circula aqui no evento:
Gramado Reverencia sua Rainha. E, pior: Kikito especial homenageia a rainha
do cinema, da música e da televisão. No país de Fernanda Montenegro, de
Aneci Rocha, de Laura Cardoso, de Helena Ignez, de Tônia Carreiro, de sei
lá... Hebe Camargo, caramba... O Festival de Gramado, pateticamente, tenta
vender ao público a mentira que Xuxa é a rainha do cinema. Tudo por um
punhado de mídia. Como se vendem barato os organizadores do Festival de
Gramado que decidem quais serão os homenageados!
Ontem (13/8), a noite de entrega do tal Kikito especial para Maria da Graça
Meneghel foi um show de breguice deslavada que os 37 anos de Gramado não
mereciam ter visto. Antes de mais nada, desde o dia anterior, montavam-se
esquemas de segurança para a chegada da "Rainha".
Já no palco, Xuxa recebeu seu troféu das mãos da atriz mirim Ana Júlia, foi
ovacionada por parte da plateia, e dirigiu-se ao microfone onde desferiu a
primeira bobagem: "Eu sou povo", ela disse. Num momento de lucidez e
equilíbrio, o ator José Victor Cassiel, apresentador do evento ao lado de
Renata Boldrin, anunciou o próximo filme concorrente e conclamou a todos:
"Vamos voltar ao Cinema". Perfeito! Xuxa, com seus filmes de péssima
categoria, conteúdo risível, produção tosca e nenhum objetivo
cinematográfico, além do merchandising e da bilheteria, pode representar
qualquer coisa. Menos o cinema. Se o Festival de Gramado é um templo do
cinema brasileiro, este foi profanado na noite de ontem.
Fonte: Audienciadtv
Isso prova que o cinema brasileiro ainda tem que batalhar muito para
produzir filmes ótimos, claro que ja tiveram sim filmes brasileiros muito
boms, mas ao que parece, enquanto existir filmes ridículos como os da Xuxa a
credibilidade do cinema brasileiro sempre será afetada. Que me desculpe as
crianças, mas ela ´so pode ser rainhas deles mesmo, por que rainha do
cinema, aí já é de mais né? Mas fazer o que, o Brasil só funciona a base do
jogo de interesses, como foi o caso desse prêmio.
--
João Baptista Pimentel Neto
Diretor de Articulação e Comunicações do CBC - Congresso Brasileiro de
Cinema
Secretário Geral do CNC - Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros
Relações Institucionais do Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual
Noite de horror e indignação em Gramado. Alguma mente desprovida de qualquer senso
cinematográfico decidiu coroar Xuxa Meneghel como a Rainha do Cinema. É
inclusive a manchete do Diário do Festival, que circula aqui no evento:
Gramado Reverencia sua Rainha. E, pior: Kikito especial homenageia a rainha
do cinema, da música e da televisão. No país de Fernanda Montenegro, de
Aneci Rocha, de Laura Cardoso, de Helena Ignez, de Tônia Carreiro, de sei
lá... Hebe Camargo, caramba... O Festival de Gramado, pateticamente, tenta
vender ao público a mentira que Xuxa é a rainha do cinema. Tudo por um
punhado de mídia. Como se vendem barato os organizadores do Festival de
Gramado que decidem quais serão os homenageados!
Ontem (13/8), a noite de entrega do tal Kikito especial para Maria da Graça
Meneghel foi um show de breguice deslavada que os 37 anos de Gramado não
mereciam ter visto. Antes de mais nada, desde o dia anterior, montavam-se
esquemas de segurança para a chegada da "Rainha".
Já no palco, Xuxa recebeu seu troféu das mãos da atriz mirim Ana Júlia, foi
ovacionada por parte da plateia, e dirigiu-se ao microfone onde desferiu a
primeira bobagem: "Eu sou povo", ela disse. Num momento de lucidez e
equilíbrio, o ator José Victor Cassiel, apresentador do evento ao lado de
Renata Boldrin, anunciou o próximo filme concorrente e conclamou a todos:
"Vamos voltar ao Cinema". Perfeito! Xuxa, com seus filmes de péssima
categoria, conteúdo risível, produção tosca e nenhum objetivo
cinematográfico, além do merchandising e da bilheteria, pode representar
qualquer coisa. Menos o cinema. Se o Festival de Gramado é um templo do
cinema brasileiro, este foi profanado na noite de ontem.
Fonte: Audienciadtv
Isso prova que o cinema brasileiro ainda tem que batalhar muito para
produzir filmes ótimos, claro que ja tiveram sim filmes brasileiros muito
boms, mas ao que parece, enquanto existir filmes ridículos como os da Xuxa a
credibilidade do cinema brasileiro sempre será afetada. Que me desculpe as
crianças, mas ela ´so pode ser rainhas deles mesmo, por que rainha do
cinema, aí já é de mais né? Mas fazer o que, o Brasil só funciona a base do
jogo de interesses, como foi o caso desse prêmio.
--
João Baptista Pimentel Neto
Diretor de Articulação e Comunicações do CBC - Congresso Brasileiro de
Cinema
Secretário Geral do CNC - Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros
Relações Institucionais do Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Multiman e as negociações do clima
Começou, de novo. Deveria então dizer, recomeçou. É isso.
Recomeçaram hoje as negociações de clima da ONU em Bonn. Esta fase é conhecida pelo íntimos como Bonn 3.
3 porque é a terceira vez neste ano que os representantes de mais de 170 países se reunem aqui em Bonn para negociar os termos do tratado de clima que deverá ser finalizado em Copenhage, na Dinamarca. Seguindo as tradições e os preceitos da educação e dos bons costumes, cá estamos, Greenpeacearianos, na cola deles.
Quando, há 6 semanas, acabou “Bonn 2″, escrevi neste mesmo blog sobre a saída dos negociadores. Para eliminar distorções em minhas observações, estou sentado exatamente no mesmo lugar. Naquele dia, relatei que via alguns deles cabisbaixos, outros envergonhados, uma minoria esperançosa… Agora, vejo os mesmos rostos chegando com semblantes renovados pelo verão do hemisfério norte, alguns trocam abraços, outros acenam. Vários sorriem. Cabisbaixos só aqueles que já sofrem com os impactos das mudanças do clima e não veem muita esperança nas negociações. Mas estes são minoria.
Engraçado isso. Quem mais sofre com as mudanças do clima é minoria por aqui - ao mesmo tempo que é maioria no Planeta. Vamos aos números oficiais da lista de participantes. No total, 2340 pessoas participam das negociações. 1372 são representantes oficias de países, 914 são de organizações observadoras - Greenpeace inclusive - e 54 (só) são da imprensa.
Até ai nenhum problema. Mas ainda estamos na primeira página. Na página seguinte as discrepâncias já começam a aparecer. O Afeganistão tem 2 representantes. Se são 179 países incritos e 1372 representantes, na média cada país deveria ter 7,66 (alguns negociadores dos países ricos valem menos que uma pessoa normal.
Continuamos: Armenia, Barbados, Butão, Congo, Cuba, El Salvador, Gâmbia, Haiti, etc… Tem 2 representantes cada.
Bahamas, Camarões, Croácia, Eritrea, Estônia, Guyana, Israel, Jamaica, Nauru, Myanmar, Paraguay, tem 1 (um, só um, unzinho, nada mais do que UM) representante cada.
O Greenpeace tem 29.
Os Estados Unidos tem 39. O Japão, 48 e a Dinamarca, campeã absoluta, quase 70.
Percebeu o desbalanço? Ou deveria dizer, a desigualdade? Aqueles que mais precisam de um resultado justo, ambicioso e efetivo são os que menos podem lutar por ele!
As negociações de clima são um negócio complexo. Hoje, por exemplo, está sendo negociado como os negociadores vão negociar. Dentro de um dos blocos, o de compromissos de longo prazo, existem 5 sub-blocos, com 4 sub-sub-blocos. No outro, Quioto, são mais 4 sub-blocos e vários sub-sub-blocos. Isso sem contar as reuniões fechadas e paralelas entre os países e grupos de negociação.
Com esse monte de sub-sub-sub-blocos em mente, fico imaginando como uma pessoa pode, sozinha, entender e negociar tudo de mitigação, adaptação, transferência de tecnologia, financiamento, REDD, CDM, NAMAS, NAPAS, arquitetura legal, jurisdição, direito inernacional, metas, IPCC, LCAPs, ZCAPs, etc…
Ou eles são gênios - e não nego que alguns até podem ser - ou, mais provavelmente, não cuidam de tudo, visto que além da complexidade técnico-político-econômico-acronômica, também existe o problema da sincronicidade. Muita coisa acontece ao mesmo tempo.
Por aqui existem algumas TVs em circuito fechado que mostram a agenda do dia. Uma lista onde aparece o nome da sala, o horário e o que estará sendo negociado por lá. Para as 16:30 já temos três coisas agendadas em locais diferentes.
Nessas horas, imagino que os representantes-solo devem lembrar dos desenhos animados de sua infância e pensar “onde é que está o Multiman quando se precisa dele?”
fonte: www.greenblog.org.br
Recomeçaram hoje as negociações de clima da ONU em Bonn. Esta fase é conhecida pelo íntimos como Bonn 3.
3 porque é a terceira vez neste ano que os representantes de mais de 170 países se reunem aqui em Bonn para negociar os termos do tratado de clima que deverá ser finalizado em Copenhage, na Dinamarca. Seguindo as tradições e os preceitos da educação e dos bons costumes, cá estamos, Greenpeacearianos, na cola deles.
Quando, há 6 semanas, acabou “Bonn 2″, escrevi neste mesmo blog sobre a saída dos negociadores. Para eliminar distorções em minhas observações, estou sentado exatamente no mesmo lugar. Naquele dia, relatei que via alguns deles cabisbaixos, outros envergonhados, uma minoria esperançosa… Agora, vejo os mesmos rostos chegando com semblantes renovados pelo verão do hemisfério norte, alguns trocam abraços, outros acenam. Vários sorriem. Cabisbaixos só aqueles que já sofrem com os impactos das mudanças do clima e não veem muita esperança nas negociações. Mas estes são minoria.
Engraçado isso. Quem mais sofre com as mudanças do clima é minoria por aqui - ao mesmo tempo que é maioria no Planeta. Vamos aos números oficiais da lista de participantes. No total, 2340 pessoas participam das negociações. 1372 são representantes oficias de países, 914 são de organizações observadoras - Greenpeace inclusive - e 54 (só) são da imprensa.
Até ai nenhum problema. Mas ainda estamos na primeira página. Na página seguinte as discrepâncias já começam a aparecer. O Afeganistão tem 2 representantes. Se são 179 países incritos e 1372 representantes, na média cada país deveria ter 7,66 (alguns negociadores dos países ricos valem menos que uma pessoa normal.
Continuamos: Armenia, Barbados, Butão, Congo, Cuba, El Salvador, Gâmbia, Haiti, etc… Tem 2 representantes cada.
Bahamas, Camarões, Croácia, Eritrea, Estônia, Guyana, Israel, Jamaica, Nauru, Myanmar, Paraguay, tem 1 (um, só um, unzinho, nada mais do que UM) representante cada.
O Greenpeace tem 29.
Os Estados Unidos tem 39. O Japão, 48 e a Dinamarca, campeã absoluta, quase 70.
Percebeu o desbalanço? Ou deveria dizer, a desigualdade? Aqueles que mais precisam de um resultado justo, ambicioso e efetivo são os que menos podem lutar por ele!
As negociações de clima são um negócio complexo. Hoje, por exemplo, está sendo negociado como os negociadores vão negociar. Dentro de um dos blocos, o de compromissos de longo prazo, existem 5 sub-blocos, com 4 sub-sub-blocos. No outro, Quioto, são mais 4 sub-blocos e vários sub-sub-blocos. Isso sem contar as reuniões fechadas e paralelas entre os países e grupos de negociação.
Com esse monte de sub-sub-sub-blocos em mente, fico imaginando como uma pessoa pode, sozinha, entender e negociar tudo de mitigação, adaptação, transferência de tecnologia, financiamento, REDD, CDM, NAMAS, NAPAS, arquitetura legal, jurisdição, direito inernacional, metas, IPCC, LCAPs, ZCAPs, etc…
Ou eles são gênios - e não nego que alguns até podem ser - ou, mais provavelmente, não cuidam de tudo, visto que além da complexidade técnico-político-econômico-acronômica, também existe o problema da sincronicidade. Muita coisa acontece ao mesmo tempo.
Por aqui existem algumas TVs em circuito fechado que mostram a agenda do dia. Uma lista onde aparece o nome da sala, o horário e o que estará sendo negociado por lá. Para as 16:30 já temos três coisas agendadas em locais diferentes.
Nessas horas, imagino que os representantes-solo devem lembrar dos desenhos animados de sua infância e pensar “onde é que está o Multiman quando se precisa dele?”
fonte: www.greenblog.org.br
terça-feira, 11 de agosto de 2009
ricos propõem corte de até 21% em emissão de gás até 2020
BONN, Alemanha (Reuters) - Os países industrializados, exceto os Estados Unidos, planejam reduzir suas emissões de gases do efeito estufa de 15 a 21 por cento em relação aos níveis de 1990, segundo dados oficiais divulgados na terça-feira como parte das discussões para um novo tratado climático global.
Os números, divulgados por delegados de uma conferência da ONU que vai até dia 14 em Bonn, ficam aquém dos cortes de 25 a 40 por cento defendidos por uma comissão científica da ONU como necessários para evitar os piores efeitos do aquecimento global.
"As emissões (...) devem ficar, até 2020, entre 15 e 21 por cento abaixo dos níveis de 1990", afirmou o Secretariado Climático da ONU, referindo-se a cifras compiladas a partir de diversos planos nacionais, inclusive de Rússia, Japão, Canadá e membros da União Europeia.
Ao todo, as emissões dos 39 países industrializados, com base nos planos existentes, iria cair para o equivalente a entre 9,86 e 10,71 bilhões de toneladas de dióxido de carbono até 2020. Em 1990, a emissão foi de 12,53 bilhões de toneladas.
Os dados excluem os EUA, maior emissor de gases do efeito estufa depois da China. Washington não participa do atual tratado climático, o Protocolo de Kyoto, que prevê que os países industrializados reduzam suas emissões, até 2012, para pelo menos 5 por cento abaixo dos níveis de 1990.
União Europeia, Suíça, Noruega e Liechtenstein oferecem as maiores reduções, em alguns casos condicionadas a outras variáveis. Canadá, Japão, Belarus e Rússia estão entre os que pretendem fazer os menores cortes.
A inclusão dos EUA tende a enfraquecer ainda mais a redução total, já que o presidente Barack Obama defende que até 2020 o país volte aos mesmos níveis de emissões de 1990 --o que significaria uma redução de 14 por cento em relação aos níveis atuais.
Os planos nacionais partem de premissas variadas, como o potencial das florestas para absorverem o dióxido de carbono. Os dados mostram que, levando em conta mudanças no uso de terras e florestas, as emissões cairiam entre 13 e 20 por cento até 2020.
Yvo de Boer, diretor do Secretariado de Mudança Climática da ONU, disse à Reuters que promessas anteriores relativas a 2020 ainda estão "a milhas de distância" do necessário para que se cumpra a meta assumida em julho pelos países industrializados do G8, para uma redução de 80 por cento até 2050.
Ele afirmou também que as negociações em Bonn "tiveram um bom começo" no sentido de reduzir o rascunho, hoje com 200 páginas, que servirá de base para o futuro tratado climático a ser aprovado em dezembro em Copenhague para substituir Kyoto.
11/8/2009
Por Alister Doyle
Por Reuters
Os números, divulgados por delegados de uma conferência da ONU que vai até dia 14 em Bonn, ficam aquém dos cortes de 25 a 40 por cento defendidos por uma comissão científica da ONU como necessários para evitar os piores efeitos do aquecimento global.
"As emissões (...) devem ficar, até 2020, entre 15 e 21 por cento abaixo dos níveis de 1990", afirmou o Secretariado Climático da ONU, referindo-se a cifras compiladas a partir de diversos planos nacionais, inclusive de Rússia, Japão, Canadá e membros da União Europeia.
Ao todo, as emissões dos 39 países industrializados, com base nos planos existentes, iria cair para o equivalente a entre 9,86 e 10,71 bilhões de toneladas de dióxido de carbono até 2020. Em 1990, a emissão foi de 12,53 bilhões de toneladas.
Os dados excluem os EUA, maior emissor de gases do efeito estufa depois da China. Washington não participa do atual tratado climático, o Protocolo de Kyoto, que prevê que os países industrializados reduzam suas emissões, até 2012, para pelo menos 5 por cento abaixo dos níveis de 1990.
União Europeia, Suíça, Noruega e Liechtenstein oferecem as maiores reduções, em alguns casos condicionadas a outras variáveis. Canadá, Japão, Belarus e Rússia estão entre os que pretendem fazer os menores cortes.
A inclusão dos EUA tende a enfraquecer ainda mais a redução total, já que o presidente Barack Obama defende que até 2020 o país volte aos mesmos níveis de emissões de 1990 --o que significaria uma redução de 14 por cento em relação aos níveis atuais.
Os planos nacionais partem de premissas variadas, como o potencial das florestas para absorverem o dióxido de carbono. Os dados mostram que, levando em conta mudanças no uso de terras e florestas, as emissões cairiam entre 13 e 20 por cento até 2020.
Yvo de Boer, diretor do Secretariado de Mudança Climática da ONU, disse à Reuters que promessas anteriores relativas a 2020 ainda estão "a milhas de distância" do necessário para que se cumpra a meta assumida em julho pelos países industrializados do G8, para uma redução de 80 por cento até 2050.
Ele afirmou também que as negociações em Bonn "tiveram um bom começo" no sentido de reduzir o rascunho, hoje com 200 páginas, que servirá de base para o futuro tratado climático a ser aprovado em dezembro em Copenhague para substituir Kyoto.
11/8/2009
Por Alister Doyle
Por Reuters
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