quinta-feira, 2 de setembro de 2004

Desiludido com a empresa que trabalho



A empresa em que trabalho quer crescer, se manter e, para isso vem fudendo os funcionários menores. Somos marionetes servindo ao poder vertical decrescente.
Não saí daqui ainda pois não quero enfrentar o fantasma do desemprego.

Daqui já não espero mais nada. É só eu arranjar algo lá fora e chuto o balde na cabeça desses Joãos: Servos do capital e da ganância, que não respeitam quem trabalha pra eles e até pra seus clientes.

Eles não merecem a nossa boa vontade. Fazemos o impossível pra segurar alunos que querem sair por causa das normas burras da instituição que, como sempre, vêm lá de cima- do poderio vertical-, de quem está fora da realidade. A unica realidade que eles conhecem é a do capital, do lucro doa a quem doer (menos neles). O resto que se foda, desde que eles multipliquem e mantenham seu poder sobre o mundo, com a falsa proposta de educar. (esse não é o fim deles. Cegos pelo poder)

Já fiquei sem férias, porque alguém - é sempre assim: as ordens chegam lá de cima. Provavelmente da sala de reuniões da corja engravatada - decidiu que descontariam os dez dias de ressesso QUE NOS DERAM em dezembro passado. E agora nos tiram (como é comum no capitalismo. Eles não jogam pra perder). Além disso, me tiraram (e de mais alguns funcionários: os que não espernearam. Ou não espernearam tanto) mais quinze dias das 'férias coletivas' QUE VÂO DAR em dezembro agora, de 2004 (e que sei que nem foi autorizado pelo sindicato ainda). Ou seja: me sobraram seis dias de férias. Puto da vida, os recusei, os vendi pra eles.

Agora veio uma ordem de que o setor onde me encontro não mais existe. Foi anexado à Secretaria de Alunos. Vou fazer o mesmo serviço que eles, mas recebendo salário menor.
A mudança vai ser devagar (palavras deles), mas já se diz que isso está acontecendo porque a empresa vai perder a filantropia. Os funcionários atuais vão ficar caros pra ela (pois ganhamos bem pra não fazer porra nenhuma. É um verdadeiro desperdício de dinheiro). E quem paga pela mudança? Advinhe.
O medo de demissão percorre os ociosos (departamentos superiores). Eu, particularmente, quero é que me demitam. Já me formei mesmo.

Isso fora coisinhas do dia-a-dia: chefe que só é chefe quando lhe convém. Na hora de ajudar o funcionário contra os superiores, tira o corpo fora; panelinhas que se formam e promovem quem quiserem e não quem merece; abuso e briga por poder dentro de setores; pessoal da limpeza que não limpa como deveria; benefícios dados a quem tem dinheiro e sabe gritar, quem é pobre que se foda;

Resumindo: A empresa se expandiu e não soube cuidar das internas. Se preocupou em angariar novos clientes e parcerias mas deixou que o mal crescesse entre os seus setores.
Como funcionário me sinto esquecido. Tenho minhas obrigações mas não tenho retorno, só desilusão. Preciso me humilhar se quiser crescer aqui dentro. Não preciso disso, obrigado.

Tenho que saber ultrapassar os obstáculos. Não tomar atitudes drásticas de cabeça quente e não se render, não cair.


Ao som de Real Love (Lennon)

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