quarta-feira, 15 de abril de 2009

“O HOMEM É O LOBO DO PRÓPRIO HOMEM!”

Este título é a tradução do pensamento do notável escritor latino Plauto (Sec. III) que em latim corresponde a ‘Homo Homini Lupus est’.

Já no primeiro livro da Bíblia, o Génesis, se diz em linguagem antropomórfica que Deus se arrependeu de ter criado o Homem (Genesis, cap. 6, vers. 6) apesar de, noutras passagens, se afirmar que o principal primata foi criado à imagem e semelhança de Deus, o que não é nada compaginável com o miserável comportamento humano, com milhões de vítimas a morrerem de fome ao lado duma sociedade de abundância que, por sua vez, também consente cinicamente que existam excluídos e pessoas sem abrigo ao lado de casernas militares cheias de sucata bélica.

Quase se pode afirmar que o Homem tem estado em guerra desde que apareceu. A História de Portugal, tal como a de tantos outros povos, está eivada de guerras, batalhas, e conflitos de toda a ordem. Infelizmente, até o Hino Nacional que, há anos, o Escritor Alçada Baptista lucidamente sugeriu que fosse alterado, apela ‘às armas…contra os canhões, marchar marchar! E tudo isto é cantado, por vezes, dentro da própria Igreja Católica por candidatos a cabos de guerra. Mas isso não é pecado! Pecado é usar o preservativo e gastar muito tempo a ler jornais ou a consultar a Net!..

Durante o sec. XX a Europa e outras partes deste mundo foram vítimas de ditadores ferozes que dizimaram milhões de pessoas inocentes. Logo em 1914 a 1ª Guerra Mundial chacinou cerca de 20 milhões de homens. Entre os quais muitos portugueses que nada tinham a ver com o conflito. Logo de seguida surgem os tristes papéis de Hitler, Estaline, Pol Pot, Mussoline, Franco, Salazar e tantos outros como Pinochet.

Tudo isto num século em que o Homem praticamente inventou o avião, o automóvel, a máquina a vapor, a lâmpada eléctrica, o telefone, a televisão, etc. etc. acabando por viajar até à Lua; feito que ainda hoje há quem não acredite tenha acontecido.

Este mundo tanto gera monstros como Hitler e quejandos, como corações cheios de amor como Gandhi, Luter King ou Teresa de Calcutá.

Hoje, porém, enfrentamos uma nova ameaça. Nunca acreditei nas razões invocadas por Bush contra o Iraque. Vimos então que os Inspectores nada haviam encontrado. Escrevi a esse propósito ao Presidente Bush que obviamente não respondeu.Hoje sim os EUA e todo o Ocidente têm um real e grave problema contra o qual não estão preparados dado o esforço de guerra até hoje quase inútil. A Democracia não se impõe à força; instala-se pela politização e pela educação cívica.

A ameaça de hoje, ao contrário do que dizem alguns analistas, é mesmo de natureza religiosa. O 11 .Setembro foi alimentado pelo fanatismo religioso. Aliás as guerras têm tido quase sempre interesses económicos, mas também motivações religiosas, como foi o caso da difusão da fé e do império português. Recentemente, basta analisar os discursos de Bush para se ver algum fundamentalismo de cariz bíblico. Também o Islão tenta apetrechar-se para atacar o Ocidente que há séculos os massacrou, e até hoje, não conseguiu resolver um problema tão simples como o conflito Israelo/Palestiniano.

Ora, um dirigente dum país com a força do Irão cujo curriculo é de reconhecido fanatismo, radicalismo e fundamentalismo no mundo muçulmano, tem de ser uma verdadeira ameaça para a cultura ocidental, capaz de terrorismo incontrolável a começar contra o estado de Israel que também não está isento de culpas.

O Ocidente tem neste momento uma verdadeira ameaça cujas dimensões são inimagináveis se não for travado atempadamente. O Irão tem um exército fanático constituido por muitos milhões de individuos suicidas, e se quisermos comparar o que é a lavagem ao cérebro duma nação, basta pensar na Alemanha de Hitler e dum modo geral todos os países que naquela altura afinavam pelo mesmo diapasão como Portugal.

Nestas circunstâncias a situação não pode ser comparada com o Iraque. Os EUA têm neste momento um verdadeiro problema que ultrapassa em muito as ‘Al Qaedas’.

Está a nascer uma hidra que, se lhe for permitido crescer, pode ser a génese duma verdadeira hecatombe à escala mundial..

Quem ler o Corão encontrará muitos versículos (alyas) nos quais Maomé estimula os seus fieis a liquidarem os adversários, do mesmo modo que subalterniza a mulher, tal como a Igreja Católica, e permite ao homem ter até quatro mulheres. .

Os EUA têm toda a razão ao pressionar a ONU no que concerne à tomada de medidas céleres e eficazes para não deixar crescer a hidra iraniana alimentada por ‘ayatolas’ que acumulam a politica ditatorial com a religião mais fanática e intolerante.

Estamos perante milhões de fanáticos capazes de se imolarem, se necessário, cheios de ódio contra a cultura ocidental constituída por infieis como a Igreja Católica lhes chamava na Idade Média.

Perante este cenário, ainda há deputadas europeias preocupadas com os aviões que passaram pelos Açores, cheios de terroristas ou potenciais terroristas, que até os da sua religião e raça matam todos os dias.

Estes políticos ficariam vacinados se ousassem aparecer na Argélia com o comportamento que têm em Bruxelas. Um fanatismo que mata os filhos só porque se afeiçoam a amigos estrangeiros, ou porque tiveram relações sexuais fora do casamento, logo dissiparia tais veleidades.

Quem está habituado a protagonismos não pode passar sem estar na ribalta, mesmo que seja fazendo o jogo daqueles que liquidaram mais de duas mil pessoas nas Torres Gémeas, em 11.Setembro.2001 cujo crime foi estarem a trabalhar.

Não lhes basta esse fanatismo, nem a condenação à morte de Salmon Rushied, nem o assassinato do cineasta Van Gogh, o 11 de Março em Madrid, etc.etc. Os militantes
da Al Qaeda devem rir-se com os pruridos ocidentais dominados por direitos que lhes abrem as portas para as suas carnificinas.

Termino como comecei! Fazemos parte duma espécie altamente perigosa, capaz da autofagia mais hedionda!


Telmo Vieira

http://thelmovieira.blogs.sapo.pt

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