quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ciclo do Perigo - Denúncia do Greenpeace confirmada pelo governo!

Nos últimos dias, a imprensa brasileira divulgou a notícia confirmando a denúncia feita pelo Greenpeace de que pessoas e animais da região de Caitité, na Bahia, estão tomando água contaminada por urânio!


O Instituto de Gestão de Águas e Clima (Ingá) do governo da Bahia divulgou, na semana passada, os resultados de amostras coletadas na área de influência direta da mina de urânio e da instalação da INB (Indústrias Nucleares Brasileiras) em Caetité. Em uma delas, a concentração de urânio na água está 5 vezes acima dos limites permitidos pela legislação brasileira.

A denúncia do Greenpeace foi resultado de meses de pesquisas e análises - e esse trabalho só foi possível graças ao apoio de pessoas como você!

Depois de sair de Caetité, o urânio vai para fora do Brasil para ser enriquecido e volta em forma de combustível para abastecer as usinas de Angra I e II. E, se depender do governo brasileiro, Angra III também. Veja aqui o ciclo completo do combustível nuclear.

Com esse caso, mostramos que os perigos e impactos da energia nuclear começam na mineração do urânio e culminam no lixo radioativo que sai das usinas nucleares de Angra dos Reis.

Vamos continuar lutando para manter as energias sujas, como a nuclear, fora da matriz energética brasileira. E contamos com o seu apoio. Junte-se a nós!



-Rebeca Lerer-
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Protestos anti-nucleares na Alemanha reúnem milhares de pessoas

[Desde a última sexta-feira a Alemanha vem sendo “sacudida” com dezenas de manifestações anti-autortárias, descentralizadas e criativas contra o transporte de lixo nuclear que chega da França, na campanha denominada “Anti-Castor”. Essas já são as maiores manifestações anti-nucleares da Alemanha dos últimos tempos.]

Relatos que chegam daquele país explicam que a polícia reprimiu com rigor os protestos de ambientalistas e moradores do trecho entre Lüchow e Dannenburg, que tentavam impedir a passagem de um trem carregado com 12 contêineres com lixo atômico, com destino a cidade de Dannenburg, no norte da Alemanha. De lá, o carregamento seria transferido para caminhões que levariam o lixo radioativo até um depósito provisório localizado na cidade de Gorleben.

Hoje, terça-feira, dia 11, pela manhã, centenas de manifestantes bloqueavam o portão principal do local temporário de disposição do lixo nuclear em Gorleben. Há uma presença enorme de polícia na área. Segundo alguns relatos a polícia já está agindo com força para acabar com o bloqueio anti-nuclear.

O transporte entrou na Alemanha no sábado, dia 8, com mais de 12 horas de atraso, depois que a polícia conseguiu retirar três ativistas que tinham se colocado presos com cimento nos trilhos.

Durante os confrontos com as brigadas antidistúrbios, diversos manifestantes tiveram que se refugiar nas florestas ao redor de Lüchow e Dannenburg, enquanto a polícia extinguia com canhões de água várias barricadas de fogo sobre os trilhos levantados pelos manifestantes.

Nos protestos os ambientalistas sentaram-se sobre os trilhos da ferrovia e ocuparam pontes e outros locais estratégicos. Os manifestantes enfrentaram a ação da polícia que agiu com rigor em vários pontos da ferrovia para impedir as manifestações.

Junto com os manifestantes que vieram de todo o país, participaram dos protestos moradores da região e camponeses com seus tratores.

Para impedir as manifestações, o governo alemão destacou 15 mil policiais, na maior operação policial já vista no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Para os ambientalistas, a maior preocupação é com o número de nêutrons, na medida em que a radiação de nêutrons tem capacidade para induzir radioatividades na maior parte das substâncias que encontra, incluindo tecidos humanos.

O governo alemão promete fechar as 17 centrais nucleares do país nos próximos 20 anos. Para os ambientalistas, este prazo é demasiado longo.

A radiação de nêutrons é considerada a quarta mais perigosa.

O que é a ação contra o Castor na Alemanha?

Castor em alemão significa as caixas onde são transportados os resíduos nucleares. E assim neste contexto, o Castor é o nome que se deu ao "trem" que transporta os resíduos nucleares que vêm da Franca (depois de um tratamento para reduzir a radioatividade que têm), para a Alemanha.

A história do Castor começou em 1977 quando o governo alemão anunciou a construção de um depósito para a produção dos seus resíduos nucleares na vila de Gorleben. E, depois de muitos anos de protesto contra a construção do depósito, esta se consumou, mas com um projeto menos megalômano do inicial.

E, em 1995 pela primeira vez, os resíduos nucleares chegaram ao depósito de Gorleben.


Mais infos, vídeos e fotos:

http://de.indymedia.org/

http://castor.de

http://contratom.de

http://nuclear-heritage.net






agência de notícias anarquistas-ana
lerdamente,
a água empurra a água
e o rio flui

Alaor Chaves